A Ponte Preta estreia, nesta quarta-feira, na Copa Sul-Americana, a primeira competição internacional de sua história. Para disputar o torneio, abriu mão de sua vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil, recheada de grandes times do futebol brasileiro. A escolha foi compreensível pelo fato de ser um batismo internacional, mas o clube já se vê obrigado a poupar alguns titulares logo na estreia. É uma fase muito importante porque, para disputar duas partidas internacionais, a Ponte terá que eliminar os catarinenses.Como ambos estão preocupados com o início difícil no Campeonato Brasileiro, Carpegiani e Vadão resolveram poupar alguns de seus principais jogadores na estreia. Para os dois clubes, a permanência na Série A é a prioridade, por motivos óbvios. Os dois, porém, também desejam ir o mais longe possível na Sul-Americana. Tigre e Macaca vão dar um descanso a alguns titulares, mas nem por isso deixarão de lutar até o fim pela classificação.Sem contar com jogadores importantes como William e Ramirez, Carpegiani resolveu fechar a casinha da melhor forma possível, em um esquema completamente diferente de todos que já utilizou desde que chegou ao Moisés Lucarelli.A Ponte Preta vai começar a partida com três zagueiros e dois volantes, num claro sinal de que ficará mais do que satisfeita se conseguir um ponto na casa do adversário. A Ponte foi a São Januário para enfrentar o Vasco de Juninho num 4-3-3. Nesta quarta, vai de 3-5-2 e, ao invés de William, terá Dennis no comando de ataque. Sai o experiente artilheiro que já marcou 25 gols na temporada e entra um jovem de 21 anos que raramente é relacionado para o banco de reservas.É uma Ponte menos competitiva, sem dúvida, mas que precisa de um resultado razoável para ter boas chances de conquistar a classificação no Majestoso, na semana que vem.A ousadia de Carpegiani nem sempre alcança os resultados esperados, mas eu prefiro um técnico que jogue para frente, com mentalidade vencedora, do que um que manda a campo um time com três zagueiros, dois volantes e apenas um meia de criação.Acredito que, a longo prazo, a Ponte pode alcançar objetivos maiores se jogar sempre assim, pensando grande.É absolutamente normal que ele adote essa postura fora de casa em um duelo eliminatório, ainda mais depois de duas derrotas seguidas. Mas espero que Carpegiani não mude seu estilo nos jogos seguintes.Pelo andar da carruagem, nem sei se ele terá tempo de implantar um estilo de jogo ofensivo no clube. Mas gostaria muito de que a Ponte contratasse sempre técnicos com esse perfil. Sei que nem sempre é possível competir de igual para igual com times mais ricos. Nem por isso a Ponte deve se conformar com o papel de coadjuvante.