Novo técnico pretende transformar a Macaca no melhor time possível para sair da lanterna do Brasileirão
Jogando pelo Internacional, Paulo César Carpegiani foi líder de um time que tinha feras do nível de Manga, Falcão, Vacaria, Valdomiro, entre outros. No Flamengo, jogou ao lado de craques como Zico, Adílio, Tita e Nunes. Nos dois, manteve o espírito de líder nato. Tanto que, ao encerrar a carreira de atleta, se tornou treinador do rubro-negro carioca e ganhou tudo que era possível: estadual, brasileiro, Libertadores e Mundial. Antes, pelo Colorado, havia sido heptacampeão gaúcho de 1970 a 76 e campeão brasileiro de 1975.
O tempo passou e Carpegiani manteve a sina de ser um vencedor. Em 1998, surpreendeu o planeta ao comandar a ótima campanha do Paraguai na Copa da França. Tinha como destaque o eficiente sistema defensivo formado por Chilavert, Arce, Gamarra, Ayala e Enciso, pilares da equipe que começou a ganhar corpo durante as Eliminatórias. O time sul-americano só foi eliminado pelos donos da casa nas oitavas de final com gol de Blanc na "morte súbita."
Apresentado nesta quarta-feira (19) como treinador da Ponte Preta, Carpegiani chegou prometendo "trabalho e dedicação" para buscar o topo na tabela de classificação. "São apenas palavras como as que qualquer treinador usa em outras entrevistas pelo Brasil, mas não sou homem apenas de palavras. Estou sempre ligado em tudo o que acontece e cobro isso de todos que trabalham comigo. Vivo e trabalho o futebol 24 horas por dia", afirma.
Carpegiani quer transformar a Macaca no "melhor time possível" para sair da incômoda posição em que se encontra, como lanterna do Brasileirão (três pontos em cinco partidas). "A gente sabe que o campeonato é muito equilibrado, mas a Ponte tem um bom time. Não foi por acaso que fez um grande Paulista. Não é possível fazer uma campanha como aquela, se não tiver qualidade. Vou avaliar durante os treinos para ver se vamos precisar de algum reforço."
Perfeccionista, o novo treinador da Macaca quer ver a Ponte jogando como os melhores do planeta. "O time ideal é aquele que joga compacto na defesa e equilibrado do meio para frente. Isso, hoje, apenas Barcelona, Bayern e Corinthians conseguem fazer. Sei que falar é fácil, mas vamos trabalhar muito para buscar o melhor. Temos que dar sempre o nosso melhor. Vou querer ver a Ponte como um time compacto e equilibrado buscando as vitórias", garante. A comissão técnica se completa com os auxiliares Rodrigo Carpegiani e Zé Sérgio, o preparador físico Juninho e o treinador de goleiros André Dias.