Dá para imaginar uma cidade que tem pelo menos um pé de jabuticaba por pessoa?
De outubro a novembro, a cidade oferece eventos focados na fruta mais amada dos moradores (Cedoc/RAC)
Dá para imaginar uma cidade que tem pelo menos um pé de jabuticaba por pessoa? Assim é o município de Casa Branca, que possui cerca de 30 mil pés da fruta e 28.307 habitantes, segundo o último censo demográfico. Distante 130 quilômetros de Campinas, recebeu o título de Capital Estadual da Jabuticaba, em 2013. De outubro a novembro, a cidade passa a oferecer eventos focados na fruta mais amada dos moradores, entre eles o Jabuticaba Rodeo Festival, de 25 a 29 de outubro, e com datas a serem confirmadas estão o lançamento da Rota Turística da Florada e o Festival Gastronômico da Jabuticaba. Para se ter uma ideia, quem visita a família Fagan, que produz a fruta, vai se sentir em um verdadeiro “oásis” de jabuticabas, pois a propriedade, que fica no distrito de Lagoa Branca — que pertence à Casa Branca —, concentra mais de 15 mil jabuticabeiras. Mesmo fora do período de safra, a plantação, em sua grande maioria de árvores centenárias, dá fruto o ano inteiro, pois o pomar é 100% irrigado. Mas boa parte da colheita já tem destino certo, e, no mesmo dia em que são colhidas, são levadas ao Mercado Municipal de São Paulo e à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), pois a fruta tem vida curta e preserva seu sabor original por até 48 horas após colhida. A produtora rural Neusa Fagan conta que os fãs de jabuticaba podem agendar um dia para conhecer a fazenda e se deliciar com a fruta. “Recebemos muitas pessoas da região, e algumas são de locais bem distantes. Quem nos visita tem a oportunidade de colher e saborear a fruta direto do pé. Hoje em dia, são poucos os que costumam ter um pomar em casa, então quem visita Casa Branca acaba se encantando e voltando outras vezes. Além disso, dá para ver de perto a maravilha que a natureza é capaz de fazer, pois existem pés de jabuticaba com mais de 100 anos, duram mais que muitas pessoas”, diz a produtora. No período de safra, geralmente entre setembro e outubro, que dura em média uns 60 dias, é possível produzir até 80 mil caixas de jabuticabas somente nas árvores da família Fagan, sendo que a colheita é toda manual. Por isso, na “terra da jabuticaba” (que conta até com um galho da folha da jabuticabeira em sua bandeira), dá para encontrar desde o tradicional licor, polpas, sorvetes, pães, roscas e outras delícias que levam um toque especial do sabor peculiar da fruta. Região Central Como toda pequena cidade que se preze, Casa Branca possui em sua região central uma igreja matriz —a de Nossa Senhora das Dores - , que foi concluída em 1889 e possui estilo clássico romano. No entorno, os casarões ainda preservam a fachada original, graças a uma lei municipal. Uma das construções, o casarão da família Vilela, foi construído no século passado, ficava na Fazenda Santana e foi transplantado, tijolo por tijolo, para o local que se encontra atualmente. Outro destaque é a antiga Escola Normal (localizada na Praça Dr. Carvalho, Rua Valdemar Panico), uma construção de 1888 (a segunda criada no Interior de São Paulo) tombada pelo Patrimônio Histórico em 1985. Hoje abriga a Escola Estadual Dr. Francisco Thomaz de Carvalho. Foto por: Cedoc/RAC Foto por: Cedoc/RAC Foto por: Cedoc/RAC Exibir legenda 1100
A calmaria da área central da cidade e a matriz de Nossa Senhora das Dores, que foi concluída em 1889 e possui estilo clássico romano.
Casa Branca, com seus 28.307 habitantes, tem cerca de 30 mil pés da fruta .
A calmaria da área central da cidade e a matriz de Nossa Senhora das Dores, que foi concluída em 1889 e possui estilo clássico romano.