PONTE PRETA

Capitão exige respeito e dita linha de conduta

Após discussão com Rossi no jogo com o Santos, Roberto quer nova postura do time na Série B do Brasileiro

Carlos Rodrigues
03/04/2014 às 21:12.
Atualizado em 27/04/2022 às 01:07

Por mais que o foco da Ponte Preta esteja voltado para a Série B, a eliminação com goleada diante do Santos no Campeonato Paulista ainda repercute no Moisés Lucarelli. E a postura do time no jogo decisivo serve de lição para não ser repetida na busca pelo acesso à elite do Brasileiro. Um dos que condenaram a morosidade da equipe no duelo na Vila Belmiro, o goleiro Roberto já deu o aviso de qual deverá ser a mentalidade do time daqui para frente. "Vamos tentar implantar uma filosofia de trabalho. Vamos ter uma linha aqui na Ponte Preta. Quem quiser seguir a linha, está dentro. Quem não quiser, ou pede para sair ou será convidado a se retirar", disse o capitão.Escalado para conceder entrevista na quinta-feira (3), o camisa um também desabafou sobre os acontecimentos ocorridos na partida em Santos. Sem citar em nenhum momento o nome do companheiro, o goleiro falou do desentendimento com o atacante Rossi. "Quando tomamos o terceiro gol, eu falei para fechar porque, se com 1 a 0 não conseguimos virar, a tendência era levar o quarto, quinto, sexto, sétimo e passar vergonha. Depois que sofremos o quarto, relembrei o que falei e teve uma pessoa que achou que eu estava errado e me mandou para vários lugares", lembra Roberto. "Não ligo para palavrão, mas se for para cobrar, tinha jogadores mais experientes e eles aceitaram. Não admito uma pessoa que tem de idade quase o que eu tenho de profissional me mandar para alguns lugares sendo que ela estava errada", completou.A falta de respeito do atacante incomodou o goleiro, que falou da atitude no futebol atual. "Respeito pelos mais velhos não é só no futebol, é na vida. E, hoje em dia, essas coisas estão faltando, são valores que estão se perdendo. Quero respeito porque eu respeitava quando era mais novo. Vai chegar o momento que vai ter que respeitar por bem ou por mal", destacou. "Isso vai mudar na semana de estreia. Vamos deixar isso bem claro. Tem que haver o respeito senão as coisas não vão andar." A Ponte faz o primeiro jogo na Série B dia 18.Segundo Roberto, as discussões e os alertas são reflexos do desejo pela vitória. E ele garante que os acontecimentos em campo não afetam o dia a dia do grupo. "Acabou o jogo, acabou. Teve um lance contra o Palmeiras que eu e o César discutimos, mas já foi. Procuro cobrar e lutar durante os 90 minutos porque depois que o árbitro apitou, não adianta espernear. Ou dá o sangue nos 90 ou esquece."

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