tradição

Cantina Alemã, viva e vibrante

"Há famílias que vinham com filhos pequenos; agora chegam com netos e até bisnetos" afirma Luiz Benedito Brunello, o proprietário

Ana Maria Gomes Fantini/Especial para a Metrópole
08/04/2019 às 15:19.
Atualizado em 04/04/2022 às 10:37

Ao contrário do noticiado na última edição de Metrópole, na matéria Mesa Farta e Variada, a lendária Cantina Alemã não foi “recentemente fechada”. Portanto, Vera, Simone, Margô, Cintia e Léo, todas que tivemos essa conclusão naquele café, recebam essa boa notícia: a Cantina Alemã não só continua viva, mas com o mesmo cardápio de pratos típicos com que vem mantendo uma clientela fiel há nada menos que 55 anos. O proprietário Luiz Benedito Brunello (há 33 anos como dono depois dos 9 anos como funcionário) assustou-se com a notícia. Mas não esconde a satisfação pelo grande número de pessoas que o procuraram depois da publicação. Os pichadores que, lamentavelmente, atingiram as portas de aço da tradicional casa, não conseguiram atingir sua alma. Ali, todos os dias, ainda se come o melhor da culinária alemã, preparado pelas mesmas mãos de dona Fátima desde 1987. Ou seja, há 32 anos, no fogão daquela cozinha. São quase 800 quilos de batatas todos os meses, 200 quilos de joelho de porco e muita salsicha, tanto as do tipo Viena, como salsichão e “linguiça branca”, abratwurt, informa o dono, para os 18 pratos do cardápio que se mantém há décadas, como quer a clientela cativa. ”Há famílias que vinham com filhos pequenos; agora chegam com netos e até bisnetos”, comemora Luiz Brunello. Segundo ele, as crianças amam a salada de batatas com salsinha, um dos carros-chefes. Dentre os pratos, o mais requisitado é Schlachtplate, com joelho de porco cozido ou pururuca, bisteca defumada, chucrute, batatas, linguiça e salsichão - tudo preparado igualzinho quando criado em 1964 (em 21 de outubro a casa completa 55 anos), sob a inspiração de dona Adalgisa Godel, a fundadora da Cantina Alemã. Gulasch (cubos de carne bovina ao molho), Kassler (bisteca de porco defumada), as Bratwurt (linguiça de vitela), o marreco ao molho de vinho, estão entre os pratos típicos, embora haja opções em carne, frango e peixe para todos os gostos (inclusive no almoço executivo). Para acompanhar, o geladíssimo chope da Brahma. Entre as sobremesas, claro, o irrecusável Apfelstrudel, com recheio de maçãs. Tudo servido no aconchego das 20 mesas cobertas com tecido xadrez, dispostas da mesma maneira de sempre. “Aqui nada pode mudar, porque senão os clientes reclamam”, avisa Luiz, informando que nesses mais de 50 anos, o que mudou mesmo foi o piso, trocado duas vezes. A madeira, em tábuas revestindo metade das paredes em estilo peculiar, também compõe luminárias que resistem ao tempo. Novo, a cada dia, é o aroma dos pratos que deixam a cozinha para o deleite nas mesas. ONDE? Cantina AlemãRua Luzitana, 981 – Centro, telefone: 3233- 0907

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