Parque municipal coloca em exposição permanente sucuris e pítons recebidas como doação
Crianças e adultos conferem o reformulado espaço reservado às cobras no parque de Americana (Divulgação )
O Zoo Americana - Parque Ecológico Municipal Cid Almeida Franco reinaugurou na última sexta-feira o recinto das cobras, localizado na entrada do local.
Junto com a reabertura, os técnicos do parque soltaram no viveiro quatro répteis que foram doados para a cidade pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro após serem resgatadas de áreas de mata e represas.
Como são cobras de grande porte e não ofereciam mais utilidade para pesquisas, o Zoo Americana foi procurado para recebê-las. Duas fêmeas sucuris-verdes e um casal píton-da-birmânia já estão em exposição permanente.
As sucuris e as pítons são as duas maiores cobras do mundo. A primeira é brasileira e conhecida por ser a mais pesada, podendo ultrapassar 100 quilos e chegar a até sete metros de comprimento — as espécimes do parque de Americana possuem 25kg e 30kg. A píton é africana e conhecida por ser a mais comprida, podendo atingir nove metros e 80kg.
Segundo o diretor do parque, Gustavo Malufe, as cobras foram grandes doações. “É um recinto que sempre foi muito solicitado pelo público, uma das reivindicações dos visitantes. Cerca de 90% das perguntas são sobre cobras, onde estão e quando haveria exposição. Agora, pudemos revitalizar a área e viabilizamos as cobras em parceria com a Unesp”, disse. Guilherme Galassi, biólogo do parque, deu detalhes sobre os hábitos dos répteis.
“As sucuris comem presas grandes e bichos que oferecem perigo aos seres humanos. Elas vivem praticamente o tempo todo em ambientes aquáticos e saem muito pouco, apenas para tomar sol. Já as pítons são cobras de ambientes terrestres e usam as folhagens para se esconder”, explicou.
O recinto recebeu melhorias em sua estrutura, além de sistema de aquecimento. “Instalamos um aquecedor, vedação e sistema de resistência no chão, que auxilia a termorregulação. Instalamos também um aquecedor de aquário, assim auxilia nesse Outono-Inverno, já que Americana possui uma temperatura amena neste período”, acrescentou Galassi. O ambiente é praticamente uma estufa, é quente e úmido, simulando o ambiente natural da Amazônia.
O parque de Americana tentará a reprodução em cativeiro das pítons e, segundo contato com a Unesp, é esperada, ainda, a doação de filhotes para que novas pesquisas sejam feitas pela universidade. Na segunda etapa de instalação, haverá revitalização de outro recinto, com novas cobras. A entrada no parque é gratuita.