O decreto que estabelece o novo valor foi publicado no Diário Oficial do Município. A justificativa da elevação da tarifa do estacionamento rotativo é a correção inflacionária
A notícia de mais um aumento não agradou nem um pouco os usuários do sistema Zona Azul ( Cedoc/RAC)
O Sistema de Estacionamento Rotativo de Campinas, conhecido como Zona Azul, será reajustado de R$ 3,20 para R$ 3,50 a partir de 1º de agosto. O decreto que estabelece o novo valor foi publicado nesta sexta-feira (24) no Diário Oficial do Município. A justificativa da Secretaria de Transportes para elevação da tarifa do estacionamento rotativo é a correção inflacionária. Até setembro, a Pasta pretende relançar o edital que terceiriza o serviço e amplia ao longo dos próximos três anos de 1.902 para 8 mil vagas de Zona Azul em Campinas. O secretário de Transportes Carlos José Barreiro afirmou que a tarifa da Zona Azul “está simplesmente sofrendo correção inflacionária”. O último reajuste que teve foi em julho de 2014, quando o bilhete passou de R$ 3,00 para R$ 3,20. “Agora estamos fazendo correção da inflação, que está em torno, no mínimo, de 0,7% ao mês. O reajuste está ligeiramente inferior à inflação”, disse. A notícia de mais um aumento não agradou nem um pouco os usuários do sistema Zona Azul. “Uso diariamente e já considero o valor alto. É mais um aumento de gastos que a população vai ter nesse período de crise”, disse o comerciante Odair Brambila. “A gente que tem comércio no Centro espera um incentivo para que a população volte a frequentar essa região da cidade e não de mais um motivo para afugentar as pessoas”, disse o comerciante Roberto Burato. “Não tem vaga, o serviço é desorganizado. Mesmo que o serviço fosse digno e correto ainda assim não justificaria o aumento”, afirmou a arquiteta Lilian Andrade. O secretário afirmou que relançará no segundo semestre o edital que terceiriza o serviço e transforma a Zona Azul em Zona Azul Eletrônica. O primeiro processo teve a licitação anulada, após a Justiça de Campinas considerar que o projeto continha erros, como falta de audiência pública. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo também havia julgado irregular e suspendido a licitação para contratação da empresa. Segundo Barreiro, as correções foram feitas e o projeto foi encaminhado para a Câmara em Junho. A Secretaria de Transportes aguarda o Legislativo voltar do recesso para votar a terceirização. “A legislação que era base para o edital teve que sofrer um processo de revisão e por isso que a nossa licitação teve que ser refeita. Já foi encaminhada proposta do projeto de lei para Câmara em junho e depois do recesso vai ser feita a votação do projeto de lei. Sendo aprovado, a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) estará autorizada a fazer a concessão”, disse. A previsão é de que a implantação do sistema terceirizado ocorra em janeiro. A empresa terá concessão para o serviço por 15 anos, que poderá ser ampliado para mais 15. O Secretário afirma que o número de vagas também deverá ser ampliado para 8 mil ao longo de três anos. As vagas serão distribuídas no entorno da região Central e nos distritos de Sousas e Barão Geraldo. O monitoramento passará a ser feito de forma eletrônicae o talonário será eliminado.