ENTREVISTA

Zaiman de Brito, um campineiro acima de qualquer suspeita

Jornalista de corpo, alma e coração é parte da história viva da cidade

Israel Moreira/ [email protected]
16/07/2023 às 09:14.
Atualizado em 16/07/2023 às 09:14
O jornalista militou na União da Juventude Comunista (UJC), no Partido Comunista do Brasil e trabalhou por quase três décadas na Câmara Municipal (Rodrigo Zanotto)

O jornalista militou na União da Juventude Comunista (UJC), no Partido Comunista do Brasil e trabalhou por quase três décadas na Câmara Municipal (Rodrigo Zanotto)

Nascido em 4 de dezembro de 1936, Zaiman de Brito Franco, fluminense nascido na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro, não imaginava que sua vida se transformaria tanto até ser considerado um dos personagens mais importantes da comunicação e da história viva da cidade de Campinas. A paixão pelo rádio, a política, a Ponte Preta e os amigos fizeram de Zaiman um campineiro acima de qualquer suspeita. 

Aos 86 anos, o advogado por formação, mas jornalista de corpo, alma e coração, contou, em entrevista concedida a convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, detalhes da sua infância, entre elas a morte prematura do seu pai, a chegada à Campinas, sua vivência no rádio e nos jornais impressos, a militância comunista e os quase trinta anos de Câmara Municipal. 

Ao longo de duas horas de entrevista, Zaiman de Brito Franco abordou inúmeras outras histórias dos amigos e da metrópole que completou 249 na sexta-feira. Acompanhe a seguir os principais momentos da conversa.

Conte-nos um pouco sobre a sua infância e a sua chegada na cidade.

O meu pai, Manoel de Brito Franco, professor de Filosofia e Latim, faleceu em 1946 no Rio de Janeiro. Ele deixou a minha mãe, eu e mais duas irmãs. Eu era o mais novo, com nove anos.

A minha mãe veio para Campinas logo em seguida. Ela vinha para trabalhar no Serviço Centralizado, uma espécie de Caixa Econômica Federal. Moramos ali em uma pensão na Rua Cônego Cipião. Com 12 anos, comecei a trabalhar no Sindicato dos Eletricitários. Iniciei, ao mesmo tempo, os estudos ginasiais no colégio Professor Carlos Lencastre.

Aqui em Campinas havia dois grandes amigos do meu pai. Um era dono da Madeireira Graziano, que existia ali no Bonfim. O outro era o presidente da Câmara Municipal, o Dr. Arlindo Joaquim de Lemos Junior, o mesmo que dá nome a uma famosa rua do bairro Proença.

Aos 15 anos eu procurei a Madeireira e fui pedir emprego. Não deu certo. Como eu ganhava pouco no sindicato, resolvi ir à Câmara Municipal, que naquela época ficava no Palácio da Justiça. Eu fui contratado como extranumerário, hoje chamado de comissionado.

Ali eu trabalhei por 29 anos da minha vida e convivi com grandes nomes da política local, como José Nicolau Ludgero Maselli, Carlos Grimaldi, Romeu Santini e tantos outros, além do Arlindo Joaquim de Lemos Júnior.

Qual foi o seu maior aprendizado nessa época em que o senhor ainda era adolescente e convivia intensamente com políticos e com a política campineira?

Sem dúvida nenhuma, meu maior aprendizado foi ter respeitado quem estava ao meu lado e ter conquistado grandes amigos que ficaram para a vida toda. Um deles foi o vereador Francisco Ribeiro Sampaio, meu professor de Língua Portuguesa no Culto à Ciência. Ele se tornou meu amigo, mas não apenas ele. Toda a sua família.

O professor Sampaio marcou a política local ao, na época, renunciar ao cargo de vereador por não concordar com as atitudes dos demais colegas da câmara. 

Zaiman, como foi essa sua experiência no Culto à Ciência, já na juventude? Foi a partir daí que começou a sua militância no Partido Comunista do Brasil (PCdoB)?

Eu participei ativamente do Grêmio Estudantil do Culto à Ciência. Na época, ele era filiado à União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes). Foi lá que a minha vida mudou totalmente. 

Tive professores inesquecíveis nesse período, como Horvílio Oliveira, que era radicalmente contra os ditadores europeus, o português Antônio de Oliveira Salazar e o espanhol Francisco Franco, que eu nunca tinha ouvido falar até então. Horvílio dizia que “história não é arma de combate”. Essa frase nunca mais saiu da minha cabeça.

A poesia era muito presente no culto. O professor Francisco Ribeiro Sampaio era amante de Gonçalves Dias. Em todas as suas aulas aprendíamos um poema diferente.

Nas andanças ao lado de Francisco Ribeiro Sampaio Filho, o Chiquinho, filho do professor Sampaio, e junto com as cervejas tomadas no Mercadão, nós líamos um poeta desconhecido até então. Era um diplomata que adorava uísque, Vinicius de Moraes. Aquela efervescência política e cultural nos contagiava.

Pouco tempo depois eu já estava militando na União da Juventude Comunista (UJC), que havia sido fundada em 1927. Já no início dos anos 1960, eu fui para São Paulo e me filiei ao PCdoB, que havia se separado do “Partidão” (PCB). Ali eu conheci Dynéas Aguiar, João Amazonas, Pedro Pomar e tantos outros. Dynéas foi muito meu amigo e o acompanhei por toda a sua trajetória política - até o seu falecimento em 2013 na cidade de Valinhos.

Como o Jornalismo entrou na sua vida?

Ainda no Culto à Ciência. Nós criamos, no Grêmio Estudantil, um jornal chamado “Etc. e Tal”. Não se assustem, mas era esse o nome do jornal. Foi a minha primeira experiência. No período em que trabalhei no Sindicato dos Eletricitários de Campinas, eu levava muita correspondência para os jornais Diário do Povo e para o próprio Correio Popular, e foi quando eu tive a felicidade e o prazer de conhecer um dos maiores jornalistas de Campinas, Mário Erbolato.

O Mário me convidou para fazer “um bico” no Diário do Povo, relatando notícias que seriam repassadas para o programa da TV Tupi de São Paulo. A TV Tupi tinha um noticiário à noite e, por incrível que pareça, eu fui “rádio-escuta” na TV’. 

Eu acompanhava os noticiários de rádio, os jornais impressos e escrevia para os redatores. Até que, um dia, eu escrevi uma matéria sobre feira livre. No dia seguinte, ela foi publicada no Diário. Aquilo me deixou muito orgulhoso.

E o seu início no Rádio?

Foi pelas mãos do gigante Salvador Lombardi Neto, talvez o maior radialista que Campinas já viu. Ele me levou como rádio-escuta para a PRC-9, antiga Rádio Educadora e atual Rádio Bandeirantes (de Campinas), que ficava na rua Regente Feijó, no Centro.

E quis o destino que eu encontrasse outro “mito” do rádio campineiro, um tal Sérgio José Salvucci. Ele me levou para trabalhar com ele ao ser contratado para a Rádio Brasil. Foi um início de carreira que não poderia ter sido melhor, ao lado do próprio Sérgio, do Mário Pontes Melilo e do campineiro mais conhecido depois de Campos Sales, Alfredo Orlando.

Quando o Abel Pedroso, proprietário da Rádio Brasil, se separou profissionalmente do pai, o Sinésio Pedroso, ele fundou a Rádio Cultura e me levou junto para comandar a editoria de esportes. Além da Cultura, ele inaugurou o Jornal de Campinas, o primeiro jornal colorido da cidade.

E na Rádio Cultura eu tive um grande amigo e chefe, o Antônio Palhares. O Paulinho Pedroso foi um irmão para mim, o acompanhei até o fim de sua vida.

Mas o rádio produziu excelentes jornalistas, como o meu amigo Walter Paradella, pioneiro na chegada da Central Brasileira de Notícias (CBN) em Campinas. E foi na CBN que eu conheci Helton Pimenta, grande jornalista e meu amigo, filho do querido Antenor Pimenta.

Zaiman, como foi a sua carreira no jornal impresso? Foi o grande desafio da sua história enquanto jornalista?

Foi um desafio maravilhoso e que me fez conhecer jornalistas da cidade da maior. Um deles foi o grande jornalista, que me ensinou muito, o maravilhoso Júlio Mariano. Júlio foi o único jornalista que chefiou a redação dos três grandes jornais de Campinas. O Diário do Povo, o Correio Popular e o jornal A Defesa. 

Júlio era fascinante. Ele me apresentou Lima Barreto e me indicava tantas outras leituras. Ele dizia, “não leia Machado de Assis, ele é esnobe. Leia Lima Barreto, que é igual a nós, brasileiros de verdade que tomam cachaça”. A partir daí eu percebi que tinha muito o que aprender no jornalismo.

Eu conciliava o trabalho nos dois veículos, Rádio Cultura e Jornal Hoje de Campinas. Em determinado momento, cometi uma das maiores idiotices da minha carreira. Um senhor muito simpático, que acabava de chegar de Ribeirão Preto para fazer horóscopo no jornal, andava para lá e para cá na redação, fazia leitura de mãos. Um dia, humildemente, ele me pediu para falar com o Abel. Ele queria fazer o horóscopo para o rádio. Eu disse a ele, “você está louco? Horóscopo para rádio? Você acha que o Abel é idiota?”. Esse senhor me respondeu que horóscopo em rádio era coisa do futuro.

Anos depois, fui até São Paulo com o meu Fusca, sintonizei a Rádio Bandeirantes e quem está falando o horóscopo? O próprio. Mudo a estação para a Rádio Jovem Pan e ouço novamente a voz dele sobre os signos. Na Rádio Piratininga, lá estava ele também.

Ele criou um “pool” nas maiores emissoras de rádio do Brasil, e eu não falei com o Abel. Esse senhor era Omar Cardoso, que se tornou o maior astrólogo do país.

Um grande jornalista e homem do rádio, mas esquecido na cidade, foi Orlindo Marçal. O criador da “Coluna Social” no jornal Diário do Povo. Foi um pioneiro na crônica campineira. Depois veio Jamil Abrahão, que deu uma nova roupagem à sociedade de Campinas que frequentava as páginas do jornal, mas quem modificou o formato desse tipo de coluna no jornal impresso foi Hugo Gallo Mantellato. Ele introduziu a política dentro da coluna social.

O Paulinho Pedroso também implantou um jornal impresso, chamado A Tribuna, e eu fui diretor. Sérgio Castanho, Romeu Santini, Ralph Tórtima, Delfim Netto, Marta Suplicy, todos tinham uma coluna no jornal.

Aos 86 anos, Zaiman permanece com a memória afiada para detalhar causos, acontecimentos marcantes e analisar a trajetória da metrópole que o acolheu (Kamá Ribeiro)

Aos 86 anos, Zaiman permanece com a memória afiada para detalhar causos, acontecimentos marcantes e analisar a trajetória da metrópole que o acolheu (Kamá Ribeiro)

E o Diário do Povo?

Foram 10 anos de Diário. Fui repórter e editor. Tenho muito orgulho de ter feito parte do veículo e da sua história. Eu tive a presença do Romeu Santini como diretor durante todo o período em que passei no jornal. Ele me ensinou muito. Romeu foi cinco vezes presidente da Câmara dos Vereadores naquela época. Após se candidatar a prefeito e não vencer, ele retornou à redação como repórter setorista da própria Câmara. E isso foi um aprendizado, porque ele nunca reclamou de voltar à redação e ser repórter na Casa em que ele foi vereador por várias vezes, além de presidente. Pouco depois, ele se tornou diretor de redação através de José Augusto Roxo Moreira, proprietário do Diário do Povo.

Outras grandes amizades que eu cultivei no Diário do Povo foram Wanderley Doná, repórter policial, e Neldo Cantanti, sendo este o primeiro repórter fotográfico de Campinas. Os dois eram brilhantes.Foi nessa época também que o Diário do Povo contratou a primeira repórter feminina de Campinas. Não existia mulher na redação. O Correio Popular tinha a Célia Farjallat, mas ela não era da redação. O pioneirismo do Diário, através da chefia do Romeu Santini, foi a contratação de Marilena Furlaneto. 

José Augusto Roxo Moreira foi um revolucionário no jornalismo campineiro. Transformou a imprensa da cidade com uma visão estratégica muito à frente dos demais. Morreu tragicamente após sair da festa de aniversário do ex-prefeito Magalhães Teixeira, colidindo o seu veículo Galaxie contra uma caminhonete.

Além do Diário do Povo e do Jornal A Tribuna, o senhor trabalhou no “Jornal de Hoje Campinas”. Como foi a experiência?

Sim, trabalhei com grandes nomes do jornalismo nacional. O diretor era ninguém menos que José Hamilton Ribeiro, um fenômeno. Nelson Homem de Mello, Batista Olimpio, todos grandes jornalistas.

Eu convenci o José Hamilton Ribeiro a abrir uma coluna chamada “Baixa Sociedade”. Quem deveria escrevê-la era o Wanderley Doná, mas, no fim, eu escreveria a coluna. Pouco depois, ao retornar ao Diário do Povo, o Emerson Moreira, filho do Roxo Moreira, me convidou para escrever a coluna lá também.

A coluna “Baixa Sociedade” foi um sucesso tremendo. Até hoje me cobram nas ruas para retomar a escrita, voltar com a coluna, mas atualmente, aos 86 anos, eu não tenho mais essa capacidade.

E a sua carreira como advogado?

Eu advoguei por pouco tempo. Ao lado da Dra. Ana Angélica que se tornou uma advogada brilhante, trabalhamos em um escritório. Um fato marcante nessa época foi quando o prefeito Chico Amaral determinou a desapropriação de uma casa em Joaquim Egídio. A intenção era transformar a casa em um monumento em homenagem ao antigo proprietário, Dom Agnelo Rossi, ex-arcebispo de Campinas e São Paulo.

A ação de desapropriação caiu no nosso escritório e a Ana embargou a solicitação por irregularidades na documentação. Isso deixou o Chico furioso. 

Ele criou um novo decreto para a desapropriação. Quis o destino que a ação novamente caísse no colo da Dra. Ana Angélica, que novamente embargou a desapropriação, fazendo com que Chico desistisse da ideia.

É difícil falar dos amigos que já partiram?

São muitas saudades. Tive grandes amigos. Foi uma honra e sou grato eternamente. Um desses grandes amigos foi o meu querido irmão, Danilo Glauco Pereira Villagelin Filho. Vivemos inúmeros momentos juntos. É até difícil lembrar, pois é uma das pessoas que eu mais sinto falta na vida. A Ponte Preta me faz lembrar todos os dias dele. Eu construí muitas amizades na medicina. O Dr. João Fagundes, Dr. Frederico Magalhães, entre outros. Amigos que eu jamais esquecerei.

Zaiman, nessas suas vivências em Campinas, quais histórias que o senhor sempre faz questão de lembrar?

Antigamente, havia um bar no centro da cidade chamado Copacabana, de propriedade do José dos Santos Antônio, o Jota Santos. O bar ficava em frente às rádios Brasil e Cultura. Ele fez amizades com todos os radialistas de Campinas.

E foi um sucesso tremendo, o Zé ganhou muito dinheiro na época alugando o sótão do bar para um instituto de beleza. Ele ganhou um programa esportivo na rádio para falar sobre o futebol português, mas, ao mesmo tempo, o bar Copacabana foi se transformando em um local perigoso, atraindo a “marginalidade” da época.

Mas ao mesmo tempo, o bar Copacabana foi se transformando em um local perigoso, atraindo a “marginalidade” da época. O Jota Santos vendeu o bar com a perda do glamour da região central.

Com o dinheiro da venda do bar, ele comprou uma padaria na entrada do bairro Nova Campinas. Por muito tempo foi a única padaria da região. Foi outro sucesso. A padaria era a Inca. A padaria não existe há muito tempo, mas até hoje o balão onde o estabelecimento ficava é chamado de “balão da Inca”.

Ele vendeu a padaria e comprou um boteco no Cambuí com três mesas apenas. Boteco do Seo João. Com o sistema “rótula” implantado na cidade, o Jota Santos ganhou na loteria e o maravilhoso City Bar é um sucesso até hoje.

O senhor foi um dos fundadores do Esporte Clube Gazeta? Conte-nos sobre isso.

Eu e o Zé Peres Pombal tínhamos um time de garotos e ganhamos um jogo de camisas de outro grande jornalista, Ferdinando Panattoni, do jornal A Gazeta Esportiva de São Paulo. Peri Chaib, malandro como só ele, viu que minha foto sempre estava estampada nos jornais pelo Brasil todo e decretou, “vamos criar um novo clube”.

O Peri e o seu irmão Tuffy criaram o time que tinha uma sede na Avenida Campos Sales, bem no centro de Campinas, chamado Esporte Clube Gazeta em homenagem ao jornal da capital.

O Gazeta deu lições e lições de vida, além de muitas histórias. O time já cortou as traves. Teve gente que subornou arbitragem, malandragem pura. Os demais clubes odiavam o Gazeta.

Era época de eleição na Liga Campineira, Marquinho Chedid era um dos candidatos contra Luiz Carvalho de Moura, ex-presidente da Liga. Eu estava no Diário do Povo, Zé do Pito me procurou e pediu para escrever uma nota: “O Gazeta apoia Luiz Carvalho de Moura”. Estranhei, mas publiquei.

Todos os clubes que odiavam o Gazeta votaram no Marquinho Chedid e a missão estava cumprida. O Peri era amigo do Marquinhos e sabia que se o Gazeta o apoiasse para a eleição, os demais clubes votariam contra. Malandramente, eles anunciaram, e eu divulguei no Diário do Povo, o apoio ao Luiz Carvalho. Todos votaram no candidato que, no fundo, o Gazeta queria, o ex-vereador e ex-presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Abi Chedid. Aliás, foi por intermédio do Marquinho Chedid que o Gazeta chegou à Terceira Divisão do Campeonato Paulista.

Zaiman, o senhor, como advogado e jornalista, acompanhou vários prefeitos de Campinas, fale um pouco sobre eles.

O Miguel Vicente Cury inaugurou o bairro de Fundação de Casas Populares, o São Bernardo, no início de 1948. Aquilo foi revolucionário, o primeiro bairro popular de Campinas sem financiamento federal.

Depois do Miguel, foi Antônio Mendonça de Barros, que ampliou a rede de esgoto por vários bairros de Campinas. Miguel Vicente Cury foi eleito novamente para o seu segundo mandato.

O senhor Ruy Novaes assumiu a Prefeitura e cometeu um pecado capital de acabar com o Teatro Municipal. Na sequência, Orestes Quércia assumiu e trouxe a Central de Abastecimento de Alimentos para Campinas, além de ter transformado a Lagoa do Taquaral no que conhecemos hoje.

Criador da famosa obra do “Laurão”, e um entusiasta do cenário cultural, Lauro Péricles assumiu a cadeira. No final da década de 70, Chico Amaral foi eleito em seu lugar, oficializando as escrituras de várias casas em diversos bairros.

Já o Magalhães Teixeira, o ‘velho Grama’, estruturou o Mário Gatti e inaugurou várias praças esportivas por toda a cidade. O Jacó Bittar tem como marca o recapeamento das ruas.

O Edivaldo Orsi foi, talvez, um dos mais injustiçados do Palácio dos Jequitibás. Marcante na sua gestão, foi dele o projeto de canalização do córrego da Norte-Sul até a Avenida Orosimbo Maia, acabando com as enchentes naquela região. Parte da imprensa o criticou por retirar verba destinada para outros fins e colocar nessa obra. Foi crucificado por transferir a finalidade desse dinheiro de uma obra para outra.

Outros prefeitos contribuíram, de uma forma ou de outra, para o bem da cidade. Por último, gostaria de deixar registrado meu apoio ao atual prefeito, Dário Saadi, um homem acima de qualquer suspeita, íntegro e digno de ocupar a Administração Pública.

A ele e ao vice-prefeito Wanderlei de Almeida, o Wandão, deixo o meu apoio e o meu carinho.

Para finalizar, queria dizer que eu nunca fui bom em nada, sempre fui mais ou menos. Fui um advogado mais ou menos, um jornalista mais ou menos, mas fiquei muito feliz por ter conquistado grandes amigos na minha vida - e mais feliz ainda por ser torcedor da Associação Atlética Ponte Preta.

Mais conhecido pela sua atuação na imprensa, Zaiman é graduado em Direito pela PUC-Campinas (Arquivo Pessoal)

Mais conhecido pela sua atuação na imprensa, Zaiman é graduado em Direito pela PUC-Campinas (Arquivo Pessoal)

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por