COMPROMISSO AMBIENTAL

Voluntários recolhem lixo do interior e entorno do Bosque dos Jequitibás

Atividade, realizada ontem, fez parte do “Dia Mundial da Limpeza”, celebrado oficialmente na última sexta-feira; plástico representou o maior volume

Alenita Ramirez/[email protected]
15/09/2024 às 13:52.
Atualizado em 15/09/2024 às 13:52
Voluntários ficaram impressionados com a quantidade de resíduos jogados no chão, bem ao lado de lixeiras; material coletado será doado para cooperativa de reciclagem (Denny)

Voluntários ficaram impressionados com a quantidade de resíduos jogados no chão, bem ao lado de lixeiras; material coletado será doado para cooperativa de reciclagem (Denny)

Pelo menos 12,7 quilos de material reciclável foram recolhidos ontem de manhã por um grupo de 47 voluntários, funcionários de uma empresa, na área do entorno e interior do Bosque dos Jequitibás, em Campinas. A ação fez parte do movimento "Dia Mundial da Limpeza", celebrado na última sexta-feira, organizado pelo Instituto Limpa Brasil. O plástico representou o maior volume recolhido pelos voluntários, com 5,8 kg, seguido por papelão e papel, com 2 kg, e vidro com 1,9 kg. As bitucas de cigarro tiveram a menor representatividade entre os resíduos, com pouco mais de100 gramas, apesar de estarem espalhadas por todos os lugares, segundo os participantes. Até um cartão telefônico, fabricado há 24 anos, foi encontrado em meio às folhagens no Bosque.

Além dos funcionários da empresa, também participaram da ação alguns de seus familiares. De acordo com os organizadores, o material recolhido será doado para a Cooperativa Remodela de Reciclagem, localizada no Jardim do Lago. Durante amanhã, os voluntários percorreram toda parte interna do Bosque e o entorno do local. A escolha da área de lazer para desenvolver a iniciativa, segundo gestor de líderes do instituto, Paulo Romancini, deve-se às condições de segurança do parque, que também é de fácil acesso. "Toda a ação tem que ter autorização da Prefeitura. Neste caso, tínhamos crianças também e por isso optamos por um local de segurança", explicou. 

Apesar das inúmeras lixeiras espalhadas pelo Bosque e no entorno, segundo os voluntários, a maior parte do lixo encontrada estava no chão, perto dos equipamentos. Outros materiais estavam jogados em jardineiras. O cartão telefônico, por exemplo, foi achado em um canteiro. "Quando se joga lixo fora do local ideal de descarte, esse material vai poluir o meio ambiente. E aqui no Bosque é pior, pois há muitos animais e eles podem comer e morrer", disse a analista de Recursos Humanos Ana Karolina Domingues, de 24 anos, que inscreveu o namorado dela, o analista de sistema Caio Rodrigues, de 22 anos, para participar da atividade, sem que ele soubesse. "Queria que ele participasse. Fui ensinada desde pequena a fazer o descarte certo. Gosto de participar de ações voluntárias e quis incentivá-lo também", justificou. 

Caio disse que gostou da experiência, mas que ficou triste ao deparar com muito lixo espalhado pelo chão e entre as árvores. "A gente vê um monte de lixo jogado de qualquer jeito, como bituca de cigarro, embalagens de água, tapinhas de garrafa", comentou. O diretor operacional da empresa, Cláudio Martim, de 44 anos, foi acompanhado da mulher e do filho, Matheus, de 8 anos. Eles concentraram o trabalho principalmente na área de lanchonetes, já que algumas pessoas consomem lanches e costumam deixar sobre as mesas. 

De acordo com ele, o lixo lançado em qualquer local o incomoda, já que toda a família faz a separação e destinação dos resíduos em casa. "Se eu vejo alguém jogando algo fora do lixo, eu oriento. Nunca reclamaram, ao contrário, mudam de atitude", contou o diretor. 

Matheus procura imitar o pai quando vê algum coleguinha ou outra criança descartando lixo em qualquer local, mas, ao contrário das pessoas que respeitam a orientação do pai, os coleguinhas olham com cara feia e não ligam. "Fico triste com a atitude deles, mas eu sempre jogo em lixeiras", garantiu. 

De acordo com Romancini, este é a sétima ação do ano da ação. No ano passado, foram realizadas seis. Neste ano, foram realizadas atividades no Largo do Rosário, no Bosque (esta é a segunda vez), em uma escola estadual no Jardim Nova América, no Bairro Dourados com a plantação de 1,6 mil mudas de árvores na área de proteção ambiental do Rio Atibaia, e na região de Valinhos. O volume recolhido nestes eventos não foi informado devido ao fato de o grupo não ter tido acesso durante a ação. 

No próximo final de semana, ação será realizada no Jardim Flamboyant. Moradores do bairro e voluntários que queiram participar podem se inscrever na página do Instituto Limpa Brasil. São esperados cerca de 100 voluntários. "Nosso objetivo é trabalhar a conscientização ambiental nas pessoas pelo descarte correto. Através das ações, as pessoas mudas o hábito", disse Romancini. 

O Instituto Limpa Brasil começou as atividades em Campinas em 2018 com um evento por ano. Desde então, o número de voluntários e de empresas que defendem o meio ambiente aumentaram, segundo Romancini. "Nem concluímos este ano e já fizemos seis, que foi o total de 2023", enfatizou o gestor do instituto campineiro.

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