BRAVO

Voluntários de Campinas se oferecem para cuidar do cão Pitu

Nos últimos 30 dias, ele mordeu três pessoas, entre elas duas crianças de 4 e 7 anos

Patrícia Azevedo
19/04/2013 às 08:30.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:41
O cão vira-lata Pitu, que começou a ficar violento e a atacar pessoas: dona diz temer uma tragédia (Edu Fortes/ AAN)

O cão vira-lata Pitu, que começou a ficar violento e a atacar pessoas: dona diz temer uma tragédia (Edu Fortes/ AAN)

Pitu, o cachorro mestiço que mordeu três pessoas em uma rua do Parque Universitário, na periferia de Campinas, pode, enfim, ter um final feliz. Sem ter recursos para adestrar o animal, que já mordeu duas crianças e uma idosa, a auxiliar de serviços gerais Priscila Moraes de Carvalho cogitou sacrificar o animal, mas com a ajuda de dois voluntários, o cachorro vai ser castrado, treinado e colocado para adoção. “Eu o adotei há dois anos da rua e não poderia imaginar que ele ficaria assim tão violento”, disse Priscila. Ela conta que sua intenção não é matar o animal. “Eu sei que é um ser vivo, mas tenho medo que algo pior aconteça e que ele possa machucar mais alguém seriamente.” A moça contou que o fundador da União Protetora dos Animais (UPA), Feliciano Filho, se voluntariou para castrar Pitu e adestrá-lo.

O treinador Leonardo Grimaldi procurou a reportagem para oferecer um treinamento ao animal. Ele conta que não é necessário tirar a vida de Pitu. “É preciso mudar o comportamento dele”, disse. Segundo ele, isso é possível mudando o relacionamento que os humanos mantêm com ele. Grimaldi, que é treinador especializado em comportamento animal, afirmou que irá oferecer seus serviços a Priscila para que ela não precise sacrificar o animal.

Priscila encontrou o vira-latas Pitu na rua quando ele tinha poucos meses de vida e o adotou. Nos últimos 30 dias, ele mordeu três pessoas, entre elas duas crianças de 4 e 7 anos. Com medo que o animal faça mais vítimas, a auxiliar procurou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que informou que não poderia recolher o animal.

Sem dinheiro para adestrar o cão, Priscila procurou entidades de proteção animal e até a Polícia, mas ninguém a ajudou a lidar com a situação. A ajuda só veio após o Correio Popular publicar uma reportagem contando o drama de Priscila. “O Feliciano da UPA disse que irá castrar, adestrar e gravar o programa de TV dele com o Pitu para que ele seja adotado”, disse a dona do animal.

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