ÁGUA

Volume que entra no Cantareira está muito abaixo da média

Estimativa de empresa de meteorologia é de que, quando chegar setembro, início do novo período de chuva, sistema estará operando com apenas 9% de seu volume morto

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
07/04/2015 às 16:45.
Atualizado em 23/04/2022 às 17:03

A represa Jaguari-Jacareí, na cidade de Vargem, que integra o Sistema Cantareira: manancial completou ontem sete meses sem registrar aumento no volume de água e apresentou nova queda ( Cedoc/ RAC)

O volume de água que está entrando em abril nos reservatórios do Sistema Cantareira, de 20,6 metros cúbicos por segundo (m3/s), está muito abaixo da média histórica registrada entre 1930 e 2014, inclusive bastante inferior a 1953, o ano mais seco dos últimos 80 anos.   As ocorrências de abril, quando tem início a estiagem, apontam, segundo a Climatempo, que mesmo com as chuvas ocorrendo dentro da média nos próximos meses, os níveis dos reservatórios devem se manter estáveis ou até começar a cair.   A estimativa da empresa de meteorologia é de que quando chegar setembro, entrada do novo período de chuva, o Cantareira estará operando com apenas 9% de seu volume morto, ou seja, em situação bastante preocupante. Os reservatórios operaram ontem com 19,6% da capacidade, dentro ainda das cotas de volume morto. Esse índice teve um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a segunda-feira. O volume de chuva que caiu no sistema, de 1,5 milímetros, elevou para 10,9 mm o acumulado de abril, quando a média esperada para o mês é de 89,8 mm.Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), estão entrando nos reservatórios neste mês a média de 20,6 m3/s, valor 52,2% menor do que a média histórica registrada nos últimos 80 anos e 32,2% abaixo do registrado em 1953, o pior ano da história do Sistema Cantareira. O verão de 2015 terminou com chuvas bem próximas da média no Cantareira. A média de dezembro a março no Sistema é de aproximadamente 871 milímetros. Nos últimos meses, entre dezembro de 2014 e março de 2015, o reservatório conseguiu acumular cerca de 842 milímetros. Grande parte dessa chuva aconteceu em fevereiro e em março, que terminaram com a média histórica acima do normal.   O mês de fevereiro, inclusive, foi o mais chuvoso dos últimos 20 anos, segundo dados da Sabesp.   Comparando com o ano passado, é possível afirmar que o Cantareira termina esse verão numa situação melhor em termos de volume de chuva. No período de dezembro de 2013 a março de 2014, choveu apenas 417 milímetros sobre o   Sistema   Segundo a meteorologista Bianca Lobo "essa chuva ajudou a gente a recuperar um pouquinho o Sistema Cantareira, mas no começo de abril tínhamos volume em torno de 19% da reserva técnica, ou seja, ainda estamos devendo muita água para o Sistema Cantareira". É fácil perceber a dimensão do problema quando comparamos com o verão passado. Em abril de 2014, o Sistema Cantareira operava com 33% da sua capacidade ainda dentro do volume útil.A expectativa para os próximos meses é que as chuvas diminuam bastante e dependam da passagem de frentes frias.Os reservatórios receberam ontem 33 m3/s e liberaram ),45 m3/s para as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e 10,4 m3/s para a Grande São Paulo.

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