pandemia

Volta às aulas depende da segurança

Prefeito afirma que retorno do ensino presencial só ocorrerá se houver garantia aos estudantes

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
07/08/2020 às 07:45.
Atualizado em 28/03/2022 às 19:15

Na região de Campinas, cresce o movimento a favor do adiamento do retorno das aulas presenciais, sobretudo na educação infantil (Matheus Pereira/AAN)

O prefeito Jonas Donizette (PSB) disse ontem que Campinas só autorizará a retomada das aulas presenciais quando tiver total confiança na proteção da saúde das crianças. Inicialmente prevista para 8 de setembro em todo o Estado, o governador João Doria (PSDB) deverá, hoje, anunciar mudanças na retomada. Para iniciar as aulas, todas as regiões do Estado precisarão estar na fase amarela do Plano SP, e hoje ainda há várias na fase mais restritiva, a vermelha. Jonas afirmou que, mesmo que a data seja mantida pelo governador, não autorizará o retorno em Campinas. A cidade tem, na rede municipal de ensino, 70 mil alunos, dos quais 44 mil são no ensino infantil (creches e pré-escolas). Ele informou que representantes do Estado entraram em contato ontem, querendo saber sua opinião, porque os prefeitos têm dúvidas se aulas devem ser retomadas em um cenário de pandemia. O prefeito informou que, antes de tomar uma decisão, quer ouvir os maiores interessados no assunto, como a comunidade escolar, professores e pais, conselho de educação. O movimento na região de Campinas para o adiamento do retorno das aulas é grande, especialmente em relação à educação infantil. Os prefeitos temem que o retorno possa colocar em risco as crianças, que até agora, com o isolamento social, estão protegidas em casa da disseminação do novo coronavírus. A principal preocupação é porque que elas têm comportamento de risco: brincam, trocam brinquedos, se abraçam. A coordenadora da Câmara Temática de Educação da Região Metropolitana de Campinas (RMC), que reúne os secretários de educação das 20 cidades, Claudicir Brasilino Picolo, informou que há um consenso de que a faixa de até cinco anos é complexa para qualquer modelo de retorno às aulas. A Câmara prepara documento apontando as fragilidades para a retomada, que será entregue aos prefeitos, para ajudá-lo a tomar uma decisão. Jonas disse que a Secretaria de Educação já elaborou um plano de retomada, que ele pediu ajustes, antes de tornar público, mas que informará em outro momento. Mas garantiu que, estando ou não na fase amarela do Plano SP de retomada das atividades, não é possível ter nenhuma volta, sem garantia de segurança às crianças. Na Capital, decisão sobre a retomada caberá aos pais Os vereadores de São Paulo aprovaram substitutivo do projeto de lei enviado pela Prefeitura sobre as aulas de ensino infantil no meio da pandemia. O texto já havia sido aprovado pela Câmara em 1° turno, na semana passada. Uma emenda do presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma (PSDB), foi aprovada e incorporada ao texto enviado pela prefeitura, determinando que a decisão de retorno às escolas caberá aos pais enquanto durar a pandemia. "Não se trata de transferir a responsabilidade aos pais, mas, sim, dar proteção legal àqueles que decidirem manter os filhos no ensino remoto", afirma Tuma. Agora, o texto segue para ser sancionado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). O texto não estabelece data certa para a volta às aulas e prevê aprovação automática para os estudantes no ano letivo de 2020 e um projeto de recuperação da aprendizagem em ensino integral. Um trecho do texto que gerou polêmica entre os vereadores da oposição foi a autorização de compra de vagas em escolas privadas, já que a demanda para ingresso nas escolas municipais aumentou na pandemia. (Das agências)

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