TRÂNSITO

Vizinhos pedem Piçarrão 'blindado'

Bairros cobram proteção para que carros não caiam no córrego; eles defendem mais radares

Rogério Verzignasse
25/04/2018 às 07:51.
Atualizado em 22/04/2022 às 04:14
Longo trecho em curva sem nenhuma defensa próximo ao córrego: comerciantes e trabalhadores da região da Marginal do Piçarrão cobram maior segurança viária no corredor (Leandro Torres/AAN)

Longo trecho em curva sem nenhuma defensa próximo ao córrego: comerciantes e trabalhadores da região da Marginal do Piçarrão cobram maior segurança viária no corredor (Leandro Torres/AAN)

Moradores e comerciantes estabelecidos na Avenida Prefeito Magalhães Teixeira – trecho da Marginal do Piçarrão entre as avenidas Prestes Maia e Amoreiras, em Campinas – exigem que o poder público tome providências efetivas para garantir segurança a motoristas e pedestres. Não existe guard-rail ao longo dos 800 metros de via, entre os bairros Parque Itália e São Bernardo. Faltam equipamentos que forcem a redução da velocidade, como lombadas ou radares, em número suficiente, segundo os vizinhos. Os carros passam como se estivessem na estrada, denunciam. Não há como parar o carro no meio-fio. Atravessar a avenida é uma aventura. O número de acidentes deixa a população alarmada. Desde 2016, segundo queixa feita pelos próprios moradores a repórteres, nada menos que quatro veículos despencaram, córrego abaixo. A instalação de defensas metálicas, para muito gente, seria uma alternativa capaz de atenuar o quadro atual. Para Messias Soares, o “Laciro”, que desde 1994 mantém na avenida uma oficina mecânica, o guard-rail seria interessante, ao menos, para garantir a segurança de pedestres. Mas ele alerta: o equipamento será inútil se não existir controle efetivo da velocidade. “Do jeito que descem a avenida, batem e levam guard-rail e tudo. É necessária uma fiscalização severa, principalmente à noite, quando alguns motoristas fazem barbaridades por aqui”, reclama. Pela vizinhança, a opinião é a mesma. O aposentado Antônio Manuel Pereira, por exemplo, que possui uma casa na Prefeito Magalhães Teixeira, fala que, durante todo o dia, os motoristas que acessam a marginal pela alça que vem da Prestes Maia correm demais. “Se uma pessoa para o carro para o passageiro descer, corre o sério risco de sofrer uma colisão traseira. Os carros correm demais. Não há como parar”, diz. No sentido inverso, a situação é a mesma: os carros descem em alta velocidade da Avenida das Amoreiras. Para o engenheiro Isaías Costa, o controle da velocidade é ineficiente. Existem placas limitando a velocidade dos veículos a 50 quilômetros por hora, diz, mas, na prática, ninguém as respeita. À noite o perigo é maior: motoristas irresponsáveis pisam fundo. Na opinião dele, deve haver investimento público para a sinalização área e de solo, e na instalação de fiscalização eletrônica.

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