ISOLAMENTO SOCIAL

Viver em condomínio vira desafio

Dividir o espaço com outras pessoas exige cuidados redobrados durante período de quarentena

Gilson Rei
29/03/2020 às 10:16.
Atualizado em 29/03/2022 às 19:40

Viver em condomínios neste período de isolamento social para coibir a evolução do coronavírus é um grande desafio para os moradores que dividem o espaço com dezenas e até centenas de pessoas. Muitas restrições e cuidados foram definidos para evitar aglomerações e o contágio do “vírus invisível”. Cada condomínio estabelece regras próprias, mas todos seguem diretrizes básicas recomendadas por órgãos sanitários e especialistas. O Sindicato dos Condomínios (Sindicond), que abrange 632 municípios do Estado de São Paulo, recomendou aos síndicos e administradoras que reforcem os cuidados com a higiene das áreas comuns, especialmente corrimões, elevadores e maçanetas de portas, entre outros. Uma regra básica tornou-se indispensável: disponibilizar álcool em gel na entrada e nos elevadores. Dentre outras recomendações, está a proibição das pessoas utilizarem academias, salão de jogos, churrasqueiras, piscinas e algumas áreas fechadas de lazer para evitar a disseminação do coronavírus. Todas as medidas preventivas visam impedir a propagação do vírus neste momento em que ocorre o aumento progressivo do número de contaminados no Brasil. Condutas Diante da grande procura por orientações, o corpo Jurídico do Sindicond elaborou normas de condutas a serem seguidas pelos condomínios para garantir a proteção dos moradores e funcionários. Dentre as medidas estabelecidas nos condomínios destaca-se o uso cuidadoso das áreas comuns, como corredores e elevadores, que devem ser utilizados por uma pessoa por viagem. O síndico tem prerrogativas de proibir, por exemplo, o uso dos equipamentos de lazer em caso de riscos à saúde, adiar assembleia ou até mesmo convocar assembleia online (whatsapp e Facebook) para proteção de todos. O presidente do Sindicond, José Luiz Bregaida, pediu cautela aos representados. “Neste momento, a preocupação é com a vida dos moradores e dos trabalhadores dos condomínios. Se possível, é melhor trabalhar home office, tomar cuidado com os idosos e cumprir todas as determinações do governo federal, do governo estadual e das prefeituras”, afirmou. Uma das condutas refere-se a pessoas em casos de suspeita ou de confirmação de coronavírus no condomínio. “Se algum morador estiver com a doença, orientamos a ficar em isolamento social em casa e que o síndico fiscalize o cumprimento da medida para bem de todos”, orientou o presidente. “Fiquem em casa como a Organização Mundial de Saúde está pedindo”, sugeriu. Trabalhadores Outra preocupação é com os trabalhadores. Neste caso, o Sindicond autorizou que os colaboradores trabalhem home office, disponibilizando à categoria vários canais de atendimento virtual. “A respeito dos funcionários, tomar todas as medidas para protegê-los do contágio, focando principalmente nos colaboradores mais vulneráveis, maiores de 60 anos e aqueles que apresentam doenças crônicas que reduzem a imunidade do organismo”, esclareceu Bregaida. Além disso, o departamento jurídico do Sindicond ressaltou qu+e não há previsão legal para antecipação das férias, exceto tratando-se de férias coletivas. “Usar licença remunerada, se necessário”, ressaltou.Presidente do Sindicato dos Condomínios.

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