AGRESSÃO

Vítima em bar na Aquidabã foi atingida por saca-rolhas

Advogado de lanchonete confirmou que confusão começou após cliente discordar do valor da conta

Felipe Tonon
22/02/2013 às 06:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:47

O empresário que diz ter sido agredido por garçons em uma lanchonete de Campinas, na noite de domingo (17), após reclamar de uma diferença R$ 6,50 na conta, foi atingido por um saca-rolhas.

A informação foi dada pelo advogado da lanchonete Aquidabã, onde a confusão ocorreu. José Carlos Astini também confirmou a versão da vítima de que a briga teria sido motivada pela cobrança.

Em princípio, o proprietário do estabelecimento havia dito que os garçons apenas tentaram separar uma briga entre torcedores que assistiam a um jogo de futebol no local. O inquérito policial para apurar o episódio foi aberto ontem, mas os primeiros depoimentos devem acontecer a partir da primeira semana de março.

O advogado adiantou que compareceu ontem ao 10 Distrito Policial (DP), onde o inquérito foi instaurado, e prepara a defesa. “Existe uma estratégia de defesa que está sendo organizada. Está criando um sensacionalismo em cima da história. O foco da coisa é a agressão que houve. Com o passar do tempo, as coisas virão à tona. Vocês verão lá na frente que as coisas não foram do jeito que foi declarado”, disse.

O advogado afirmou que o instrumento que feriu o empresário Karlucho Bonitatibus Lício de Martins, de 38 anos, não foi um canivete, como a vítima suspeitava, mas um saca-rolhas acoplado a um abridor de garrafas. Astini disse, ainda, que a diferença na conta gerou a discussão. “Foi pelo valor da conta, isso é fato, mas o menino que se diz vítima agrediu o garçom primeiramente, ofendeu a dignidade dele. Ele (Martins) quebrou uma garrafa e feriu o garçom”, afirmou o advogado.

O funcionário da casa, que seria irmão do proprietário do estabelecimento, vai passar por exame de corpo de delito para comprovar as agressões. O funcionário, que fugiu do local, não voltou mais ao trabalho, mas, segundo a defesa, todas as pessoas que estavam trabalhando no bar no horário da briga deverão ser ouvidas pela polícia. “Temos que dar tempo ao tempo e tudo vai se esclarecer mais para frente.”

De acordo com a vítima, ele se negou a pagar uma cerveja que ele não teria consumido e se queixou com um garçom, que afirmou que o cliente deveria pagar o valor total. Martins afirmou que um outro funcionário pegou o celular dele que estava na mesa e disse que seria a garantia para ele pagar a conta inteira. “Quando eu fui pegar o celular da mão dele já tomei uma gravata de um garçom e comecei a apanhar”, disse o empresário, que negou ter agredido o garçom.

Neste momento, um terceiro garçom retirou o saca-rolhas do bolso e golpeou Martins. Ele passou por uma cirurgia de emergência e recebeu alta na terça-feira (19).

A advogada do empresário, Adriana Aires Alvarez, também esteve ontem na delegacia. “Conversei com os investigadores que já estão se empenhando para iniciar os depoimentos.”

OCorreio apurou que o inquérito policial aberto pelo delegado Humberto Parro Neto, titular do 2 DP, será conduzido pela delegada do 10 DP, Iara Eli Marquês da Silva, que está em férias e retorna ao trabalho no dia 4 de março.

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