INFRAESTRUTURA

Viracopos avalia bancar estudo para macrozona

Prefeitura de Campinas pede ajuda a aeroporto para financiar plano urbanístico para o entorno da área

Maria Teresa Costa
02/08/2013 às 07:00.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:48

A Prefeitura negocia com a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos o financiamento de um plano urbanístico para a região do aeroporto, informou o secretário de Planejamento, Ulysses Semeghini. O estudo urbanístico irá apontar as áreas que serão destinadas às indústrias, à logística, às residências de alto padrão, às residências populares e as áreas que serão preservadas. A estimativa é que o estudo custe em torno de R$ 600 mil. O presidente da concessionária, Luiz Alberto Küster, disse que as parcerias estão sendo analisadas.Uma dessas parcerias, que integra termo de cooperação assinado ontem entre o prefeito Jonas Donizette (PSB) e a concessionária, visa a integração dos planejamentos aeroportuário e municipal, especialmente quanto ao planejamento e controle de uso do solo no entorno do Aeroporto Internacional de Viracopos. A concessionária está contratando três estudos para compor os planos exigidos pelas autoridades aeronáuticas a partir da aprovação do novo plano diretor. São os planos de zoneamento de ruído aeronáutico (PZR), de zona de proteção (PZP) e área de segurança do aeroporto (ASA). Esses procedimentos serão integrados ao plano diretor de Campinas e irão direcionar a política de uso e ocupação do solo da Macrozona 7 (MZ-7).Nessa região vivem 47 mil pessoas, com um crescimento populacional de 5,7% ao ano, e onde 37% moram em habitações precárias. Na MZ-7 estão regiões rural do Friburgo, Aeroporto Viracopos, Jardim Campo Belo, Jardim São Domingos, Jardim Fernanda e Jardim Nova América. “Estamos negociando integrar o plano urbanístico no termo de cooperação”, disse Semeghini. O plano diretor de Campinas já estabelece uma série de diretrizes viárias para aquela região, entre elas a transformação do trecho da Rodovia Miguel Melhado, lindeiro aos loteamentos, em via urbana; a transformação do antigo leito da Rodovia Santos Dumont em via de suporte para os empreendimentos que serão instalados na região e a duplicação e adequação da Rodovia Lix da Cunha no trecho do trevo da Rodovia Anhanguera até o Jardim Itaguaçu.Para garantir o desenvolvimento da região, a Prefeitura planeja realizar uma operação urbana que permitirá a valorização das áreas, mas que implicará o ressarcimento da valorização decorrente da mudança de zoneamento.O instrumento de compensação será o da outorga onerosa, cujos resultados serão aplicados na própria região, principalmente para financiar a transferência de famílias que se encontram dentro da curva de ruído do aeroporto. Jonas prepara um projeto habitacional capaz de abrigar cerca de 5 mil famílias, em uma área de mais de 1 milhão de metros quadrados, ao lado dos jardins Nova América e São Domingos, para receber as pessoas que serão transferidas dos bairros do entorno de Viracopos.Essas famílias precisarão deixar os bairros onde estão por não terem condições de regularização ou por estarem dentro da curva de ruído. O número exato de famílias será conhecido assim que for concluída a revisão do projeto do plano da MZ-7 que terá como principal vetor o plano de zoneamento de ruído que começa a ser elaborado pela concessionária.

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