SEM CONDIÇÕES

Vigilância lacra açougue no Centro por vender carne estragada

Órgão público apreende cerca de 350 quilos de carne imprópria para o consumo sem procedência comprovada; estabelecimento só abrirá após reformas para se adequar às exigências

Bruno Bacchetti
23/02/2015 às 18:57.
Atualizado em 23/04/2022 às 18:55
Funcionários da Vigilância Sanitária interditam açougue no Centro de Campinas ( César Rodrigues/AAN)

Funcionários da Vigilância Sanitária interditam açougue no Centro de Campinas ( César Rodrigues/AAN)

A Vigilância Sanitária interditou na manhã desta segunda-feira (23) a Casa de Carnes do Visconde, localizada na esquina das ruas Benjamin Constant e José Paulino, no Centro de Campinas, por vender carne estragada e sem procedência comprovada.   No local, que tinha más condições de higiene e limpeza, foram apreendidos cerca de 350kg de carne imprópria para o consumo.   O açougue somente será reaberto depois de passar pelas adequações exigidas, entre elas limpeza geral do estabelecimento, pintura das paredes e ajuste dos expositores e das câmaras frias.   A operação foi realizada em parceria com o Procon e Ministério da Agricultura.   Antes de ser interditado o açougue já havia recebido pelo menos quatro autuações e seguiu funcionando após realizar ajustes. Entretanto, a Vigilância Sanitária e o Procon continuaram recebendo denúncias sobre o estabelecimento. Depois de nova vistoria, optou-se pela interdição por causa das inúmeras irregularidades.     "O local foi interditado por ser reincidente. Para reabrir o proprietário terá que organizar tudo, lavar as câmaras frias, pintar a parede e chamar a Vigilância Sanitária para uma vistoria", explicou o agente da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, José Roberto Manzi, que prestou apoio à operação.   A veterinária da Vigilância Sanitária, Patricia Rossi Moriconi disse que a principal irregularidade encontrada no açougue durante a vistoria foi a falta de limpeza e higiene, além da estrutura física em desacordo com a legislação. "Nós verificamos as condições de higiene e a limpeza é precária. A estrutura física também é deficiente e não está de acordo com as normas da Vigilância Sanitária. Encontramos produtos sem procedência, vencidos e fabricados no local. Todos foram inutilizados", contou.   O proprietário da casa de carnes, Cláudio Rodrigues dos Santos, lamentou a interdição do estabelecimento e considerou a decisão exagerada. Santos disse que já realizou várias adequações exigidas nas vistorias anteriores da Vigilância Sanitária. "Eu estou pasmo e não estava contando com isso. Estamos trabalhando no sentido de melhorar e acabei de realizar uma reforma, mas não dá para realizar tudo de uma vez. Pedi compreensão e senti que o que pegou foi a limpeza, coisa que e meio dia de trabalho poderia ser feito. Fiz muitas coisas que pediram para fazer", justificou.   Sobre as carnes estragadas e com prazo de validade vencida encontradas no açougue, o comerciante alegou que não estavam nos expositores. "A carne estragada já estava separada para o descarte. Acontece que o caminhão passou cedo e não levou", completou. Santos afirmou que pretende realizar um mutirão para cumprir todas as adequações exigidas pela Vigilância Sanitária nos próximos dias. "São retoques e quero fazer até amanhã (terça-feira) ou no máximo na quarta-feira".   Porém, a veterinária da Vigilância Sanitária acredita que o tempo é muito curto para os ajustes necessários. "Vai precisar de mais tempo por causa da estrutura. Quando ele tiver cumprido todas exigências nos voltamos para ver se consegue fazer a liberação", disse Patricia.  

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