NOVO TRAÇADO

Vereador quer redefinir limites entre Campinas e Hortolândia

Proposta de Paulo Pereira Filho, presidente da Câmara de Hortolândia, afeta também Sumaré e Monte Mor

Gilson Rei/Correio Popular
12/05/2021 às 10:53.
Atualizado em 15/03/2022 às 20:15
O aposentado Benedito Bergo mostra linha de trem que separa os municípios de Campinas e Hortolândia (Ricardo Lima/ Correio Popular)

O aposentado Benedito Bergo mostra linha de trem que separa os municípios de Campinas e Hortolândia (Ricardo Lima/ Correio Popular)

A revisão do território de Hortolândia no limite com os municípios de Campinas, Sumaré e Monte Mor foi proposta na reunião virtual do Parlamento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), na sexta-feira passada e será encaminhada ao secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi. A ideia é de viabilizar um estudo técnico do Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo (IGC) e, posteriormente, propor à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a criação de um projeto de lei para mudar os traçados das cidades.

Limite entre Hortolândia e Campinas não pode ser alterado

O objetivo da revisão dos limites de municípios é de regularizar regiões urbanas que cresceram, ganharam corpo e mesclaram-se, ocupando duas cidades pela proximidade. O fenômeno urbano deixa parte da população destes locais sem recursos e serviços municipais, com prejuízos na manutenção de vias; na obtenção de acessos; na oferta de postos de saúde, escolas, transporte, água e esgoto; dentre outras questões.

A proposta de atualizar os territórios destes municípios foi do presidente da Câmara de Hortolândia, Paulo Pereira Filho, o Paulão (PL), que foi eleito em abril primeiro tesoureiro do Parlamento da RMC.

Segundo Paulão, aproximadamente 20% da população de algumas regiões são prejudicadas porque acabam sendo esquecidas pelo Poder Público e que um ajuste poderá fazer com que os serviços municipais possam atender melhor as demandas. "Na região do Santa Rita, em Hortolândia, 80% da população mora em Hortolândia e 20% mora nos municípios de Campinas e de Monte Mor", comentou.

Um dos problemas é o acesso. "Esta região do Santa Rita não foi regularizada e, por isso, a população sofre com a distância de acessos, afinal existe apenas uma entrada com asfalto, pela rodovia SP-101. A outra entrada é por uma via de terra para o município de Monte Mor", exemplificou.

A questão do abastecimento de água e tratamento de esgoto é outra preocupação no Santa Rita. "Por muitos anos a população sofreu com a falta de água e esgoto. Depois de muitas reuniões, a Sabesp e a Sanasa estabeleceram um acordo para atender a população, sendo uma parte da região sendo atendida por um órgão e outra parte por outro", disse.

Outras duas regiões são consideradas preocupantes, segundo Paulão. "Uma delas é na região do Jardim Amanda, no limite com Monte Mor. Outra região é a do Parque Peron, de Hortolândia, próximo ao complexo penitenciário, no limite com Campinas", comentou.

O presidente do Parlamento da RMC, Zé Carlos (PSB), presidente da Câmara Municipal de Campinas, afirmou que a medida é importante e haverá empenho para que seja levada à frente. "A revisão das divisas entre Hortolândia e Campinas é fundamental, uma vez que o fato impacta diretamente nos recebimentos do Fundo de Participação dos Municípios, repassado pelo governo federal", comentou Zé Carlos.

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