Segundo o vereador Jota Silva, objetivo não é debochar do placar elástico e nem "comemorar" o resultado, mas para lembrar a data e servir como reflexão para o futebol brasileiro
David Luiz chora após resultado humilhante contra Alemanha na Copa do Mundo ( Divulgação)
Entre os projetos de lei protocolados na Câmara de Vereadores de Campinas durante o recesso parlamentar, um em especial chamou a atenção e ganhou grande repercussão pela peculiaridade. É o projeto do vereador Jota Silva (PSB), que institui o dia 08 de julho como o dia do "É gol da Alemanha", em alusão à derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo do ano passado. Segundo ele, o objetivo não é debochar do placar elástico e nem "comemorar" o resultado, mas para lembrar a data e servir como reflexão para o futebol brasileiro. A proposta prevê em todo o dia 8 de julho a realização de debates com a participação da crônica esportiva campineira, dirigentes e ex-jogadores para discutir a gestão e do futebol."O projeto está tendo muita repercussão por causa da ementa "É gol da Alemanha", que usei para chamar a atenção. Considero a maior do futebol brasileiro e pior que o Maracanazzo (derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 50). Sessenta dias depois as pessoas ainda brincavam com isso. Eu peguei esse gancho e o objetivo é que esse dia seja lembrado e tenha todo ano debates na cidade", justificou o vereador.Jota Silva reconhece que o debate não trará, efetivamente, nenhuma evolução ao futebol brasileiro, mas servirá para cobrar mais seriedade dos dirigentes esportivos. Ele lembrou que muitos clubes do interior que já tiveram projeção nacional hoje estão praticamente falidos e afastados das grandes competições. O parlamentar, que também é radialista, negou que o projeto tenha a ver como seu programa de rádio, no qual chegou a utilizar a expressão "É gol da Alemanha" como exemplo de fatos negativos. "Na época a gente falava brincando, mas não tem nada a ver".O vereador acredita que o projeto de lei não terá uma repercussão negativa por parte da população e espera que outras cidades adotem a ideia. "Qualquer pessoa que pegar o projeto, pegar a ementa e ler a justificativa vai entender. E vai depender também da forma como a imprensa vai colocar isso. A expectativa é que isso aconteça em outras cidades, finalizou".