Três homens foram presos em flagrante e um menor foi apreendido
Um vendedor de consórcios, de 26 anos, foi sequestrado, agredido e torturado por cerca de 8 horas, nesta terça-feira (20), em Campinas, por conta de um desacordo financeiro de R$ 10 mil. Ele foi localizado pela Guarda Municipal (GM), que conseguiu achar seu carro na Avenida João Jorge, com dois empresários no interior. A vítima estava em poder de um motorista, de 41 anos, e seu filho, um adolescente de 16 anos, em outro carro, a cerca de 500 metros do 1º Distrito Policial (DP). Os três homens foram presos em flagrante e o menor apreendido, todos por lesão corporal, sequestro, cárcere privado e ameaças. De acordo com declarações da vítima para a polícia, a abordagem aconteceu por volta das 10h, no escritório onde o vendedor trabalha, no bairro Guanabara. Os dois empresários, um de 38 anos e outro de 22 anos, teriam feito um consórcio com a vítima e deram um lance, mas se arrependeram e pediram o dinheiro de volta. Como a devolução do montante estava demorando, os homens se irritaram e chamaram o motorista e o adolescente para pressionar a vítima, que foi levada para um imóvel na região do Campo Belo, onde foi ameaçado, espancado e torturado. Ainda conforme relatos do vendedor, além dos quatro, outros homens também participaram das agressões, feitas com barras de ferro e até mesmo com os sapatos da vítima. Um dos empresários chegou a usar o sapato dele, para obrigar a vítima cheirá-lo. O sequestro só foi percebido após a mulher suspeitar de uma ligação do marido. No final da tarde, ela buscou ajuda no 1º DP. Uma equipe da GM que estava no local, aguardando para apresentar uma ocorrência, ouviu o pedido de auxílio e acionou a central, que passou a monitorar a circulação de veículos na cidade através da Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp). Por volta das 18h, o sistema registrou a circulação do carro da vítima, um Siena, na Avenida João Jorge. Foi feita a abordagem e os empresários confessaram o sequestro e indicaram onde a vítima era mantida refém. Segundo a guarda, o vendedor chegou a dar o carro dele como garantia de pagamento da dívida.