Entretanto, se as chuvas diminuírem, vazão não será suficiente para garantir o abastecimento das cidades das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ)
O volume já leva em conta a segunda cota da reserva técnica, com 105 bilhões de litros ( Leandro Ferreira/ AAN)
O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira passou neste domingo (5) pelo 30° dia sem cair e permaneceu com 19,3% de sua capacidade, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo a nova medição adotada desde março, e que inclui os volumes mortos na capacidade total do sistema, o Cantareira continuou estável com 14,3%. O manancial abastece 5,6 milhões de pessoas na capital paulista e região metropolitana.Com pouca chuva, o sistema chegou a registrar uma pequena alta no sábado de apenas 0,1 ponto percentual. Porém, nos cinco primeiros dias do mês choveu apenas 0,1 milímetro nas barragens que compõem o Cantareira - o esperado para o mês é de 89,8 milímetros, média histórica para abril.Em Campinas, o tempo permanece instável hoje, com nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva à noite. Temperaturas em declínio: a máxima não passa de 25º C à tarde e mínima de 19º C na madrugada. Já no Estado, o tempo variará entre parcialmente nublado e nublado com pancadas de chuva que podem ser localmente fortes em qualquer região. Temperaturas declinam noite e elevam-se durante o dia, típicas de outono. Com a entrada do período de estiagem, o Cantareira vai liberar menos água para a região de Campinas e Grande São Paulo, visando aumentar o armazenamento nos reservatórios para poder ultrapassar o período de seca, até o final de outubro. Conforme decisão divulgada hoje pelos gestores do sistema, a Agência Nacional de Águas (ANA) e Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), durante este mês, a região de Campinas vai receber vazão máxima de 1,5 metro cúbico por segundo e a Grande São Paulo, no máximo 13 m3/s. Esses volumes estão 0,5 m3/s abaixo do que estava autorizado no mês de março.Se as chuvas diminuírem, essa vazão não será suficiente para garantir o abastecimento das cidades das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) e será necessário pedir aumento de vazão. A Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP) fecharam um acordo para suspender a ação judicial contra a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), desde que a estatal apresente, até o fim de abril, um plano de contingência para enfrentar a seca em São Paulo. O documento deve propor cenários condizentes com a situação e prever a redução da vazão de água no Sistema Cantareira de modo a garantir um volume ao final do período seco.