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Varejo não espera uma Páscoa mais que mediana

A venda de chocolates e pescados para a Páscoa deve movimentar R$ 269 milhões no comércio de Campinas neste ano, segundo estimativas da Acic

Renato Piovesan
02/04/2019 às 07:26.
Atualizado em 04/04/2022 às 10:14

A venda de chocolates e pescados para a Páscoa deve movimentar R$ 269 milhões no comércio de Campinas neste ano, segundo estimativas da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) - um crescimento de 2% em relação à data do ano passado. Em toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC), as vendas devem alcançar a marca de R$ 533 milhões.  O economista da Acic, Laerte Martins, elenca dois fatores para essas estimativas não muito animadoras do setor. Uma delas é a crise que ainda persiste. A outra é o preço dos ovos de chocolate, cujos ingredientes sofreram impactos no preço por conta da variação do dólar. Resultado: uma alta de pelo menos 6,5% no preço para o consumidor em relação ao ano passado. “O comércio ainda sente os impactos da crise econômica. O poder de compra continua baixo e o nível de confiança do consumidor é afetado com produtos mais caros. Mas ainda assim, há uma previsão de crescimento, que mesmo pequena, é muito melhor do que uma retração”, observou Martins. Temporários Expectativas de vendas abaixo do esperado significam que as contratações temporárias para a Páscoa também são mais modestas. Segundo a Acic, foram 2.440 vagas abertas neste ano em Campinas, praticamente o mesmo número (apenas 35 a mais) que na última Páscoa. Na RMC, foram 4.820 contratações, também um acréscimo muito modesto de 68 vagas em relação ao ano passado. Expectativas oficiais à parte, nos supermercados e lojas da cidade, o clima é de otimismo. O gerente comercial dos Supermercados Pague Menos, Otávio Albano, acredita que as vendas, que ainda estão tímidas, devem melhorar à medida em que a data se aproxima (a Sexta-Feira Santa será dia 19 e a Páscoa no domingo, 21). “Ainda faltam três semanas e a maior concentração de vendas sempre acontece nas duas últimas. Como não só os ovos de Páscoa, mas também o bacalhau, peixes e azeite devem alavancar as vendas, esperamos um crescimento proporcional aos últimos anos, em torno de 6%”, afirmou. De acordo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a previsão do setor para a Páscoa deste ano é de estabilidade em relação a 2018, com um crescimento em torno de 0,4% nas vendas. Segundo um levantamento feito pela entidade, pouco mais de 22% de seus associados estão otimistas e apostam que as vendas vão superar as expectativas, mas a maioria de 78% não olha para a data com muito entusiasmo.

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