temporários

Varejo deve criar mais de mil vagas

O varejo do setor de alimentação na Região Metropolitana de Campinas (RMC) deve contratar 1.160 empregados temporários neste final de ano

Francisco Lima Neto
29/10/2019 às 08:04.
Atualizado em 30/03/2022 às 14:01

O varejo do setor de alimentação na Região Metropolitana de Campinas (RMC) deve contratar 1.160 empregados temporários neste final de ano. A expectativa é de que 10% deles sejam efetivados ao final do período, de acordo com dados da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Segundo a previsão, o Estado de São Paulo deve abrir 8 mil vagas temporárias, sendo 4,5 mil na Grande São Paulo. Dessas vagas, 2,9 mil devem se concentrar na Capital. O número estadual é 25% maior do que o ano passado. Os supermercados devem reter cerca de 5% desse total para o ano de 2020. Entre as principais vagas para contratação estão as de repositor de mercadorias, atendentes de loja, operadores de caixa e embaladores. O que chama a atenção nos últimos meses é o crescimento nas contratações de Minimercados e Hortifrutis, sendo que em alguns meses, o número de empregados superou 430% quando comparados com o mesmo mês em 2018. No acumulado do ano, a RMC abriu 688 vagas no setor. Indaiatuba se destaca negativamente, com o fechamento de 77 postos de trabalho, seguida de Sumaré, com queda de 31 vagas. Campinas e Paulínia foram as que mais abriram vagas, sendo 387 e 161, respectivamente. Black Friday Nas últimas nove edições da Black Friday, o setor supermercadista teve um crescimento relevante na data chegando em 2018 aos 2,6 bilhões de reais. Isto aliado à revolução tecnológica no varejo alimentar mudou a percepção dos empresários do setor com a data, inclusive nos canais físicos. Pesquisa mensal da Apas aponta que o setor acredita que os números deste ano devem girar em torno de 4,2% no aumento das vendas. Apesar de as vendas on-line ainda representarem apenas 2% do faturamento mensal do setor, a Apas acredita que os supermercadistas irão atrair o consumidor por meio de divulgação em redes sociais e desconto de preços das categorias, higiene pessoal, decoração, produtos de limpeza e bebidas alcoólicas. A Black Friday acontece no dia 29 de novembro, mas a expectativa do aumento das vendas no ambiente on-line já é prevista para ocorrer durante todo mês de novembro. "A Black Friday é muito forte no setor na categoria de bebidas alcoólicas por uma série de fatores como: parcerias com a indústria, o clima mais quente, proximidade com Natal e por ser a categoria que lançou o varejo alimentar a participar do evento", explica o economista da Apas, Thiago Berka. O site de pesquisa Zoom tem uma visão mais otimista quanto à venda de alimentos e bebidas na data com uma projeção de 8%. Os bons números de alta nas vendas vão ao encontro de uma pesquisa feita pelo Google em parceria com a Provokers que aponta que pela primeira vez, o número de compradores nas lojas físicas deverá se igualar ao do comércio eletrônico durante a Black Friday. Segundo essa pesquisa, a tendência será impulsionada, sobretudo pelo consumidor multicanal. O número de entrevistados que disseram que planejam comprar em ambos os canais saltou de 7% para 25% em 2019. A previsão para a data originada nos Estados Unidos do Instituto Ebit|Nielsen é de expansão de 15%, com vendas totais de R$61,2 bilhões. Os pedidos devem ser 12% maiores, 137 milhões, e o tíquete médio deve ser de R$447, representando um aumento de 3%. A data de descontos foi criada nos Estados Unidos e "importada" por diversos países pelo mundo. A Black Friday acontece sempre na última sexta-feira de novembro, um dia após o feriado de Ação de Graças no país americano. No Brasil, o evento existe desde 2010 e nasceu com foco na internet. A temporada da Black Friday é tratada pelo varejo como o principal evento do ano no e-commerce e tem impulsionado as vendas do comércio em geral nos meses de novembro. A Apas analisou as pesquisas de intenção de compras do consumidor para a data e a empresa Zoom foi a única que apresentou dados de compras para alimentos e bebidas e cerca de 8% deverão comprar esta categoria na Black Friday de 2019. Produtos típicos do final de ano chegam com alta de preço Para quem gosta daqueles típicos produtos que só dão as caras no final do ano, as notícias não são boas. Os preços de itens como panetones e chocotones — que já estão disponíveis desde setembro — podem subir até 13% quando comparados ao acumulado do ano, mostra o levantamento da Associação Paulista de Supermercados (Apas). O principal motivo do aumento de preço é justamente a alta procura nas duas últimas semanas do ano, período de maior demanda pelo produto. Curiosamente, a queda dos preços após as festas de final de ano varia entre 30% e 40% para evitar o encalhe nas lojas. As vendas deste ano devem aumentar 5% nominalmente no varejo alimentar. O preço do Peru e Chester apresentou queda de 13,2% no acumulado até setembro. Haverá um aumento natural do preço em novembro e dezembro por conta da demanda da época, subindo 3,5%. "A queda no preço das carnes atingiu recordes de exportação por conta da alta do dólar e influenciada pela crise da peste suína na China" , destaca Thiago Berka, economista da Apas. Cortes Suínos e Bovinos não ficaram imunes ao aumento; os valores devem subir 1,5% e 2%, respectivamente devido também ao dólar alto e a peste suína na China. As frutas de época como ameixa, banana-prata, cereja, coco verde, damasco, figo, framboesa, graviola, kiwi, manga, maracujá, melão, pêssego e romã terão uma queda 3% nos preços. Historicamente, nesta época do ano, o preço destas frutas cai, beneficiando o consumidor. Segundo a Apas, doces têm no Natal a segunda melhor data para a indústria. A compra de chocolate como presente alavanca o setor por ser uma forma mais em conta de presentear, uma vez que agrada grande parcela dos consumidores. Os preços tiveram queda no acumulado do ano de 0,1%. Porém, em dezembro os doces devem ficar 0,7% mais caros. Os espumantes, no acumulado do ano, tioveram queda de 2,5%. Para o Natal, os preços devem ter alta de 1,5%. O preço dos vinhos cresceu 4,2% no ano de 2019. Até o final do ano, o consumidor irá observar um aumento de 0,8%. Mesmo imune aos aumentos do câmbio e com a crescente concorrência no setor, as cervejas tiveram no acumulado até setembro uma queda de 1,2%. Para o fim de ano, a bebida deve subir 0,5% devido à alta demanda.

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