SALVA VIDAS

Vacinação da gripe começa dia 12, segunda-feira

Este ano, campanha imuniza primeiro gestantes, puérperas e crianças entre seis meses e seis anos

Mariana Camba/ Correio Popular
10/04/2021 às 12:30.
Atualizado em 21/03/2022 às 22:39
As doses da vacina contra a gripe chegaram a Campinas: campanha tem início na próxima segunda-feira e se estenderá até 9 de julho (Diogo Zacarias/ Correio Popular)

As doses da vacina contra a gripe chegaram a Campinas: campanha tem início na próxima segunda-feira e se estenderá até 9 de julho (Diogo Zacarias/ Correio Popular)

Na próxima segunda-feira terá início a campanha de vacinação contra a gripe em todo o Brasil. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a ação tem como objetivo atingir a cobertura mínima de 90% do público alvo. O cronograma terá três etapas, e cada uma vai englobar um grupo prioritário diferente. No dia 12, segundo Ana Cecília Zuiani Zocolotti, articuladora do Programa Municipal de Imunização, a cobertura começará pela primeira vez com as gestantes, puérperas, crianças entre seis meses e menores de seis anos, e profissionais da saúde.

Nos anos anteriores, conforme Ana Cecília, a vacinação tinha início pelas pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde. Em 2021, gestantes, puérperas, crianças entre seis meses e abaixo de seis anos foram colocadas no topo da lista porque tiveram uma baixa cobertura vacinal no anterior. Os idosos, acredita a articuladora, foram transferidos para o segundo grupo de prioridade, para que não houve coincidência com a imunização contra a covid, ainda em andamento.

Ana recomendou às pessoas que ainda vão tomar a vacina contra a covid-19, que priorizem este imunizante e respeitem o intervalo necessário para receber a proteção contra a gripe. "Portanto, o público que está em vias de receber a vacina da covid-19 neste momento, deve priorizar o esquema completo desta imunização. Depois que a pessoa tiver recebido as duas doses, ela deve aguardar pelo menos 14 dias para receber o imunizante da gripe", reforçou a articuladora do programa.

Campinas vai seguir o esquema de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde, segundo Ana. Os profissionais que possuem algum vínculo com hospitais e outros serviços de saúde serão vacinados no próprio local de trabalho. "Neste momento, ainda não sabemos o volume total de doses que deve chegar. Mas, orientamos esses trabalhadores que não tenham pressa para receber o imunizante, pois está programado para os dias 24 e 25 de abril a imunização focada apenas neste público", pontuou. A estimativa é que Campinas conte com 60 mil profissionais da saúde.

Conforme as novas etapas da campanha forem disponibilizadas, o atendimento dos grupos anteriores será mantido, segundo Ana. Portanto, no decorrer da ação, o público prioritário será ampliado a cada nova fase iniciada. "No dia 11 de maio começará a segunda etapa da campanha, que vai focar na vacinação dos idosos e professores. A terceira terá início no dia 9 de junho, voltada às pessoas com comorbidades, deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, trabalhadores das forças de segurança e de salvamento, profissionais das forças armadas, funcionários e internos do sistema prisional", explicou a articuladora do programa. A campanha de imunização da gripe deve encerrar no dia 9 de julho.

Para quem quiser checar quais serão os postos de vacinação em Campinas, a Prefeitura orientou a população a acessar o site: vacina.campinas.sp.gov.br e clicar no campo da "influenza". "Importante lembrar que nos pontos de imunização contra a covid-19 não será aplicada a vacina da gripe. Os Centros de Saúde do município vão atender o público alvo da campanha da influenza. A orientação é que as pessoas procurem os Centros mais próximos de suas casas, para que não tenham que percorrer grandes distâncias", ressaltou Ana.

As pessoas que não estão inclusas nas etapas de vacinação descritas poderão receber a vacina contra a gripe no final da campanha, durante o ano, caso tenha excesso de doses ao final da ação. "Depois que o público alvo da campanha for atendido, e se restarem doses, deve ter a abertura da imunização para a população em geral. Por isso, não é possível afirmar com certeza como e quando e se isso deve ocorrer", pontuou Ana.

Vírus influenza é perigoso e pode causar até a morte

Vacina é segura e oferece ampla proteção contra a gripe

A vacina da influenza é segura, reforçou a articuladora do Programa Municipal de Imunização. "As pessoas classificadas na ação para receberem a vacina não podem deixar de se proteger. Ela é essencial para a prevenção de quadros respiratórios graves. Ainda assim, se a pessoa for contaminada, a dose vai contribuir na prevenção das complicações da doença. Com certeza isso deve reduzir internações e procura de pacientes aos hospitais da cidade. Se a pessoa não ficar doente, não precisará desse atendimento, o que auxilia o sistema público de saúde diante da crise que estamos enfrentando devido à covid-19. Não há leitos sobrando. Por isso a população precisa se proteger e acreditar na eficácia da campanha", concluiu Ana.

O Estado também reforçou a importância do imunizante: "Vacinas salvam vidas, inclusive a da gripe, que protege contra as complicações provocadas pela doença", afirmou a diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Nubia Araujo. O imunizante deste ano é constituído por três cepas de influenza. Segundo o Estado, o Instituto Butantan disponibilizou 80 milhões de doses para a campanha nacional. Em 2020, o Estado de São Paulo registrou 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 119 óbitos, atribuíveis ao vírus influenza.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, as salas de vacinação deverão manter a organização do ambiente e evitar aglomerações, com distanciamento entre as mesas, profissionais e pacientes, além da disponibilização de álcool para higienização das mãos. "Os profissionais estão orientados a fazer triagem com identificação dos pacientes com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Os que apresentarem apenas tosse ou coriza poderão receber a vacina, com a orientação para procurar um serviço de saúde. A mesma recomendação será dada aos que apresentarem febre ou mau estado geral, e neste caso a aplicação da vacina precisará ser reprogramada até a recuperação do quadro clínico", informou a Secretaria.

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