Orientação para as gestantes de alto risco é para que procurarem outras unidades de saúde
O Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas suspendeu nesta sexta-feira (4) por tempo indeterminado as internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal por conta da superlotação. A orientação tanto para os serviços de atendimento de urgência como para as gestantes de alto risco é para que procurarem outras unidades de saúde que ofereçam o atendimento especializado. O hospital informou por meio de nota que está com uma taxa de ocupação de 130%. Ao todo, o hospital da PUC-Campinas tem uma capacidade máxima de 18 leitos, sendo 12 deles conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mas ontem havia 19 recém-nascidos internados no intensivo e outros 3 em cuidado intermediário, totalizando 22 recém-nascidos. O Celso Pierro informou ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), à Secretaria de Estado e à Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) que não possui leito, impossibilitando o acolhimento. A recomendação também é para as gestantes de alto risco já que os filhos podem precisar da UTI ao nascerem. As alternativas para os leitos de UTI Neonatal conveniados ao SUS na cidade são a Maternidade de Campinas, que segundo a Secretaria Municipal de Saúde conta com 22 vagas. Há também o Hospital da Mulher Professor Dr. José Aristodemo Pinotti, o Caism da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que dipõe de 25 vagas, sendo 12 semi-intensivas e as 13 restantes intensivas, mas que também vivem lotadas segundo a assessoria de imprensa do hospital. Mônica Macedo Nunes, diretora de saúde de Campinas afirmou que a cidade disponibiliza a quantidade de leitos necessária para essa região, indicados pelo Ministério da Saúde. Ressaltou entretanto que há uma uma discussão para se ampliar a quantidade de vagas de UTI Neonatal na cidade, mas não afirmou qual seria qual seria o número ideal. "Somos referência para casos mais graves o que traz para nossos hospitais aporte maior de pacientes da região. Isso acaba acarretando em alguns momentos uma superlotação. Estamos em discussão para ver como conseguimos ampliar e otimizar os leitos da região" , completou.