TECNOLOGIA

Uso do giz está com dias contados

Prefeitura troca as lousas de 570 salas de aula do Ensino Fundamental por projetores digitais

Katia Camargo
13/09/2020 às 10:20.
Atualizado em 28/03/2022 às 15:41
Novidade na retomada das aulas será uma ferramenta a mais para professores e alunos na busca pelo saber, tão prejudicada pela pandemia mundial  (Wagner Souza/AAN)

Novidade na retomada das aulas será uma ferramenta a mais para professores e alunos na busca pelo saber, tão prejudicada pela pandemia mundial (Wagner Souza/AAN)

A Rede Municipal de Campinas está trocando todas as lousas do Ensino Fundamental por projetores digitais. No total serão 570 salas de aula das 45 escolas municipais que passarão a contar com mais esse recurso de ensino. A iniciativa faz parte do programa da Secretaria Municipal de Educação, chamado de Escola Bem Digital, que tem como objetivo ampliar a oferta de tecnologia educacional como suporte para a prática pedagógica. "Claro que sabemos que nada substitui a aula presencial e o contato entre professor e aluno. Mas, ter a oportunidade de levar a tecnologia para dentro da sala de aula e até para dentro da casa dos alunos, como temos conseguido fazer durante a pandemia, traz mais recursos de aprendizagem", destaca Alexandre Tadeu Dias, assessor de Tecnologia da Educação, da Secretaria de Educação de Campinas. O objetivo do programa Escola Bem Digital é facilitar a oferta de conteúdos, permitindo uma diversidade de linguagens multimídia. "Acreditamos que isso tornará as aulas mais interessantes e dinâmicas. Se a escola não acompanha a tecnologia, acaba se tornando pouco interessante para essa nova geração. Com mais interatividade fica difícil o aluno não querer participar das aulas", acredita Alexandre. O projetor digital oferece muitas possibilidades como apresentar objetos multimída, montar modelos, demonstrar processos, apresentar imagens, trechos de filmes e documentários, além de exercícios e jogos interativos. Segundo o assessor de tecnologia da Secretaria de Educação esse já era um projeto previsto para ser implantado pré-pandemia. "Para se ter uma ideia, os projetores já tinham sido adquiridos no ano passado, mas por conta da pandemia, só foram entregues agora. Acreditamos que esse suporte pedagógico ajudará a complementar a qualidade do ensino dos alunos. A Escola Bem Digital faz parte da política pública para a cidade", conta Alexandre. Esse novo recurso pode decretar o fim do uso do giz, mas não da escrita a mão, tão importante para o ensino. "No caso o professor pode usar tanto uma 'caneta' como o dedo para escrever o conteúdo na lousa. Estamos aproveitando as nossas lousas que eram novas e adaptando para que elas sejam usadas junto com o projetor, que inclusive corrige a cor. Esse recurso salva as anotações que o professor fez na lousa e manda direto para o e-mail dos alunos, que passam a contar, a partir de agora, com um endereço eletrônico ilimitado. Todo o conteúdo é salvo no drive e fica disponibilizado para a sala de aula específica dos alunos. Serão contemplados com esses novos recursos os estudantes do 1ª ao 9ª ano e, os da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Pretendemos experimentar esse recurso na educação infantil também", garante. Até agora já foram implantados em quatro escolas, mas a previsão é que até o final do ano todas as salas de aula já recebam com os projetores digitais. "Os professores também vão passar pelo treinamento de utilização desse recurso, que só não ocorreu ainda por conta da pandemia. Acreditamos que até no meio do ano que vem as aulas continuem em modo semipresencial e esse recurso poderá ajudar tanto alunos quanto professores a se sentirem mais próximos", diz.

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