Atualmente, Paulínia concede 750 bolsas de estudos para alunos da graduação que residem na cidade
Estudantes universitários de Paulínia protestaram na Câmara contra projeto que altera bolsas de estudor (Divulgação)
Estudantes universitários de Paulínia protestaram nesta terça-feira (30) na Câmara contra a ameaça de corte das bolsas de estudos e mudanças no sistema transporte estudantil oferecidos pela Prefeitura. Atualmente, o município concede 750 bolsas de estudos para alunos da graduação que residem na cidade. Um projeto com alterações do programa foi protocolado no Legislativo, mas a Administração retirou de pauta. A Prefeitura também recuou em mudanças no transporte universitário, que passará por adequações. O texto retirado de pauta colocava, além de critérios socioeconômicos para a concessão das bolsas, que a universidade fosse em Paulínia ou em um raio de até 100 quilômetros, e conveniada com o município. Além disso, as bolsas não seriam concedidas para estudantes de instituições fora de Paulínia no caso de haver os mesmos cursos oferecidos no município. Segundo a Prefeitura, o prefeito decidiu retirar o Projeto da Câmara após reunião com secretários. Já em relação ao transporte, as mudanças seriam feitas por decreto e, segundo a Administração, trariam mais benefícios para os estudantes, comodidade e segurança. Entre os itens já previstos, de acordo com o secretário de Transportes, Laércio Giampaolli, estão a ampliação do raio de atendimento que irá passar de 100 para 150 km, e a criação das linhas denominadas “Linhas Caronas”, que irão transportar os usuários dos bairros para o ponto de saída dos ônibus. Nesta terça à noite, os estudantes lotaram a sessão para protestar pelos benefícios. O estudante de química Guilherme Alves diz que, sem as bolsas, muitos estudantes ficariam sem acesso à universidade. “Como vão chegar novos alunos, muitos não teriam acesso ao benefício como a gente tem. E muitos que já estudam hoje teriam que trancar a faculdade por não ter condições de pagar as mensalidades. O objetivo do nosso protesto é garantir a continuidade de um direito adquirido”, disse.