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Unicamp prevê perdas de R$ 220 mi e anuncia cortes

A pandemia do coronarvírus deverá provocar um rombo de aproximadamente R$ 200 milhões nas receitas da Unicamp este ano

Da Agência Anhanguera
01/05/2020 às 14:08.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:33

A pandemia do coronarvírus deverá provocar um rombo de aproximadamente R$ 200 milhões nas receitas da Unicamp (Universidade Estado de Campinas) este ano e, por conta disso, a reitoria anunciou contingenciamentos de despesas e uma série de corte de gastos, que passam pela renegociação de contratos e mudanças nos programas institucionais nas áreas acadêmica e de recursos humanos. Em nota divulgada no site oficial , a Unicamp diz que em razão da redução da atividade econômica em todo o país por causa do coronavírus, houve uma consequente queda na arrecadação paulista do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) – a principal fonte de custeio das universidades estaduais. Com isso, alega que as receitas que a universidade deverá receber ao longo do ano serão consideravelmente inferiores àquelas previstas no orçamento para 2020. Segundo os cálculos da Secretaria Estadual da Fazenda, a redução será de aproximadamente R$ 172 milhões. A Assessoria de Economia e Planejamento (Aeplan) da Unicamp, no entanto, prevê uma frustração de receitas ainda mais preocupante, da ordem de R$ 220 milhões. Por conta disso, a Unicamp diz que “será obrigada a adotar medidas austeras” para preservar sua capacidade de pagar os salários de seus docentes e funcionários em dia e de investir em infraestrutura. Segundo a reitoria foram propostas medidas de contenção de gastos referentes exclusivamente aos recursos do orçamento 2020. Segundo o anúncio, haverá corte de 25% nas despesas de custeio das unidades, revisão de contratos como os do restaurante, transporte, limpeza e jardinagem, além de propostas de redução de valores em acordos para fornecimento de água e energia elétrica. Viagens e passagens aéreas serão reduzidas ao essencial. Haverá, ainda, cortes em programas institucionais como a contratação de professores e pesquisadores, revisão de programas de bolsa auxílio intercâmbio e de projetos de internacionalização. Foram suspensas por três meses – maio, junho e julho - as horas extras e horas de sobreaviso, salvo em em áreas essenciais “Não podemos permitir que o déficit orçamentário consuma as reservas institucionais até que estas se tornem insuficientes para cobrir o valor de uma folha de pagamentos. Isso pode comprometer seriamente o futuro da Universidade”, diz a reitoria no comunicado. UPA Os cortes vão atingir também a realização da UPA (Universidade de Portas Abertas ) - um evento voltado a estudantes do ensino médio que tradicionalmente acontece na universidade e que reúne mais de 40 mil alunos. A UPA é uma oportunidade que o estudante tem de conhecer a universidade, com a realização oficinas, visitas guiadas a laboratórios de pesquisa, palestras e apresentações culturais.

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