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Unicamp lidera ranking de patentes

A universidade se mantém, há uma década, entre as maiores instituições de pesquisas brasileiras

Rogério Verzignasse
12/06/2018 às 08:19.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:28
Laboratório de pesquisa da Unicamp, universidade que tem dado importante contribuição para o desenvolvimento do País: cultura de inovação é essencial para manter esse diferencial (Antonio Scarpinetti/Ascom/Unicamp/Divulgação)

Laboratório de pesquisa da Unicamp, universidade que tem dado importante contribuição para o desenvolvimento do País: cultura de inovação é essencial para manter esse diferencial (Antonio Scarpinetti/Ascom/Unicamp/Divulgação)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) alcançou o primeiro lugar com o maior número de patentes depositadas em 2017 em todo o País, totalizando 77 pedidos, de acordo com o estudo divulgado neste final de semana pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). O resultado é muito comemorado pela direção da Agência de Inovação da Unicamp (Inova). A universidade se mantém, há uma década, entre as maiores instituições de pesquisas brasileiras. O levantamento, que integra organismos públicos e privados, comprova que a Unicamp segue no topo da excelência.  Historicamente, a instituição desenvolve tecnologia aplicada na linha industrial das grandes empresas. E o cidadão comum, muitas vezes, não tem noção de como a pesquisa é importante no seu dia a dia. Para se ter uma ideia, entre as patentes registradas no período está o desenvolvimento de alimentos com índices reduzidos de gorduras trans, ou de princípio ativo usado na fabricação de medicamento contra a epilepsia. “Tudo o que a indústria coloca no mercado, e que está presente em nosso cotidiano, é fruto de conhecimento desenvolvido na academia”, explica Patrícia Leal Gestic, diretora de propriedade intelectual da Inova Unicamp. No ano passado, por exemplo, a universidade conquistou o segundo lugar no ranking nacional, com 62 pedidos. E a retomada da liderança se deu, por incrível que pareça, em uma temporada que a reitoria reclamou da situação financeira difícil, e que o governo paulista admitiu retração significativa na própria arrecadação do ICMS, principal fonte de recursos para a manutenção das universidades públicas estaduais. Aí é que as parcerias foram importantes. “Com a ajuda essencial das verbas privadas, conseguimos manter nossos laboratórios e nossos projetos. Conseguimos uma forma de não depender exclusivamente dos caixas públicos”, explica Patrícia. “Para o empresariado, o investimento é mais que compensador. O empreendedor investe no desenvolvimento de um produto que, patenteado, lhe garantirá exploração exclusiva do mercado.” Cultura de inovação A diretora lembra que os países mais desenvolvidos do mundo são aqueles que possuem o maior número de patentes registradas. “É preciso que os empresários se convençam de que a inovação é essencial, que exige investimentos”, diz. Na opinião dela, deve haver entre os empreendedores a mesma cultura inovadora que já existe entre os docentes e pesquisadores. Ineditismo O ranking do INPI mostra que a Unicamp se firma com uma instituição de destaque no lançamento de pesquisas inéditas. Ao longo do ano passado, para se ter noção, a Inova analisou 120 projetos inscritos. Todas as invenções passaram por um crivo rigoroso dentro da Inova, antes do depósito das patentes. Os 77 projetos avaliados e considerados “robustos” conquistaram o reconhecimento. A seguir, no mesmo ranking, figuram respectivamente a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Paraíba e a Universidade de São Paulo (USP). SAIBA MAIS O detalhamento dos projetos desenvolvidos em 2017 pela Agência de Inovação da Unicamp está disponível no http://www.inova.unicamp.br

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