TRÂNSITO LIMPO

Unicamp lança sistema de bicicletário

Sistema gratuito de retirada e devolução de 20 bikes tem início em 15 dias

Cecília Polycarpo
19/04/2013 às 08:20.
Atualizado em 25/04/2022 às 19:38
A caloura Taís Renata Ávila Silva com bicicleta na Unicamp: sistema de empréstimo será informatizado e ganhará mais dez bikes (César Rodrigues/AAN )

A caloura Taís Renata Ávila Silva com bicicleta na Unicamp: sistema de empréstimo será informatizado e ganhará mais dez bikes (César Rodrigues/AAN )

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) começou a implantar, esta semana, parte da nova fase do Projeto de Mobilidade Intracampus (Mobic), que estimula o uso de bicicletas no espaço da instituição, com o lançamento de um bicicletário para retirada e devolução dos veículos. A expectativa é de que o sistema, com 20 bikes — hoje o programa oferece dez —, esteja disponível em 15 dias, depois de a universidade concluir a licitação para escolher a empresa que fará a manutenção dos equipamentos.

Cada aluno poderá ficar com o veículo por quatro horas, com a apresentação da carteirinha da universidade. O bicicletário ficará aberto das 9h às 17h, ao lado do restaurante universitário do prédio do Ciclo Básico 2. Até 2104, a reitoria espera expandir as ciclovias da universidade, espalhar bicicletários por todo o campus e ter disponível pelo menos 200 bicicletas para empréstimo. Os alunos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEQ) estão desenvolvendo um sistema automatizado para a retirada das bikes.

“Eles vão aperfeiçoar o software usado hoje, para que as pessoas possam fazer tudo sozinhas. Queremos o mesmo sistema de aluguel que é usado em Porto Alegre e Curitiba. A diferença é que, aqui, os alunos não pagam para andar”, explicou o professor da FEQ Leandro Silva Medrano. Hoje, em média, 30 alunos utilizam as bicicletas do Mobic por dia. O professor espera dobrar esse número até o final de maio.

A Unicamp foi pioneira no empréstimo de bicicletas em universidades brasileiras. O projeto-piloto, com dez veículos, começou em 2011. O principal objetivo do programa é reduzir o número de carros e motocicletas, aliviar a procura por estacionamento e diminuir a emissão de poluentes dentro do campus. “Não deixa de ser também um projeto de educação comunitária. Os alunos aprendem na universidade que há outras formas de locomoção urbana, e transmitem isso fora daqui”, explicou Medrano.

A bicicleta é um dos principais meios de transporte dos alunos da instituição. A Unicamp tem suportes para estacionamento das bikes em todo o campus, mas ainda não conta com uma ciclovia que interligue todas as faculdades. A falta de organização no trânsito de bicicletas e carros é uma das principais queixas dos alunos. “É uma bagunça, porque temos que andar na rua, e os motoristas acham que as vias do campus são só deles. Nunca vi um acidente, mas os condutores buzinam muito para os ciclistas. Precisamos de mais ciclovias”, disse a estudante de arquitetura Marina Loyd, de 19 anos.

Caloura no curso de ciências biológicas, a adolescente Taís Renata Ávila Silva, de 17 anos, afirmou que fará uso frequente das bicicletas emprestadas. “Tudo na Unicamp é muito longe, e eu ainda estou a pé por aqui. Vai ser uma mão na roda ter as bikes de graça. Quatro horas é tempo suficiente para fazer muita coisa dentro da universidade”, disse Taís.

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