mês de março

Unicamp irá inovar na 'calourada'

A calourada terá a programação estendida e contará com atividades orientadas para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas

Da Agência Anhanguera
20/02/2020 às 07:55.
Atualizado em 29/03/2022 às 21:09

A Unicamp, neste ano, preparou uma forma diferente para receber os novos estudantes. A calourada terá a programação estendida por todo o mês de março e contará com atividades orientadas para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. As ações vão se concentrar em quatro eixos principais, relacionados às responsabilidades institucional, ambiental, econômica e social. A Unicamp propõe um programa inédito de mentoria estudantil para facilitar a adaptação dos calouros à vida acadêmica. A ideia do programa é estabelecer na universidade um sistema no qual, de forma voluntária, alunos veteranos atuem como mentores dos estudantes que ingressam na universidade. Com isso, os calouros podem contar com um colega semelhante a eles, a quem podem recorrer para tirar dúvidas sobre a vida na universidade. Daniela Gatti, coordenadora da Calourada, comenta que o apoio dos mentores deve tornar a adaptação dos novos alunos mais tranquila. Segundo Eliana Amaral, pró-reitora de Graduação, o programa de mentoria existe em várias universidades pelo mundo. Mentoria é um programa bem estabelecido na literatura para que seja possível ultrapassar o que é habitual, que é a dificuldade dos estudantes nos primeiros dois semestres no Ensino Superior do mundo inteiro. Existe uma mudança, um novo ambiente, uma nova forma de se relacionar com o mundo, então é esperado que exista uma certa dificuldade. Certamente, conversar com quem é mais próximo de você e acabou de passar por essas experiências faz a diferença", explica a pró-reitora. Os coordenadores dos cursos já estão recebendo e repassando à Pró-Reitoria de Graduação (PGR) as manifestações de interesse dos alunos que desejam atuar como mentores. Segundo a proposta, eles terão o acompanhamento de professores-tutores, também voluntários, que poderão orientar acerca de dúvidas ou outras questões que demandem atenção mais específica por parte da universidade. A ideia é que cada aluno mentor seja responsável por até cinco calouros. Eliana explica que a troca de experiências entre os alunos favorece a aprendizagem. "Existe um princípio educacional nisso que é o da aprendizagem colaborativa. Por isso, a gente estimula que não seja um para um, porque ter um grupo heterogêneo discutindo os problemas retira as responsabilidades individuais, então não é uma responsabilidade só do mentor, existe um grupo que interage e acha uma solução. A gente quer que isso seja modelado para que eles apliquem, inclusive, em outras atividades em geral que eles têm no curso, com foco basicamente no primeiro semestre, para já modelar isso no primeiro semestre de curso", comenta. Outra vantagem apontada pelas professoras é a de que a mentoria estimula os alunos a olharem para si mesmos. "As pesquisas apontam resultados favoráveis também no processo acadêmico dos mentores. Não é só o mentorado que tem um benefício, aqueles que são mentores também se beneficiam nesse processo de integração, eles conseguem olhar para o curso deles, porque ele se coloca para ajudar o outro, mas ao mesmo tempo ele se ajuda nesse processo. Isso é muito interessante nesse programa", analisa Daniela.

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