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Unicamp entra na luta contra os antivacina

Professores gravam conteúdo em vídeo com embasamento científico para combater as fake news

Correio Popular
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26/01/2021 às 13:35.
Atualizado em 22/03/2022 às 10:09

O professor Luiz Carlos Dias, do Instituto de Qu?mica da Unicamp: v?deos na internet em defesa da vacina (Importação)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) deu mais um passo na luta em defesa das vacinas que começam a ser distribuídas pelo Brasil para o combate à pandemia da Covid-19.

CONFIRA AQUI os vídeos dos professores da Unicamp

A universidade cria uma faixa de vídeos que estão sendo gravados e publicados por professores com conteúdo de base científica para esclarecer a população sobre dúvidas levantadas por informações falsas, as chamadas fake news, que circulam pela internet por meio das redes sociais e acabam gerando dúvidas e medo nas pessoas sobre a eficácia das vacinas e outras medidas não farmacológicas, como o isolamento social, uso de máscara e medidas sanitárias de higienização para o controle e combate à pandemia.

Os vídeos e áudios com informações qualificadas, com base em evidências científicas podem ser acessados por meio do portal da universidade na internet, redes sociais ou canal da instituição no Youtube. Os conteúdos já disponibilizados tratam da imunidade contra a Covid-19 entre aqueles que já tiveram a doença, das fake news do movimento antivacina e da Covid-19 em crianças.

Segundo o professor Luiz Carlos Dias, titular do Instituto de Química e integrante da Academia Brasileira de Ciências e Força-Tarefa da Unicamp, que começou o trabalho de divulgação de informações de combate às "fake news", de maneira individual, a iniciativa da Unicamp amplia a luta contra as "fake news" e contribui para conter o avanço da desinformação no país sobre o tema Covid-19 promovido por movimentos antivacina.

"Com a faixa de vídeos a Unicamp amplia o acesso das pessoas a conhecimentos sobre os assuntos mais variados e que muitas vezes chegam ao público como "informação", mas que não passam de mentiras, como vem acontecendo em relação às vacinas contra a Covid-19. Esse movimento agora "institucionalizado" pela universidade vai ao encontro da necessidade crescente de trazer informações qualificadas, com base em evidências científicas relacionadas ao combate à pandemia. E que são muito necessárias, pois somente com a vacinação e a informação correta as pessoas e o país vão conseguir conter a pandemia", reforça o professor.

A própria OMS (Organização Mundial de Saúde), classificou em 2019 os movimentos antivacina como uma ameaça de saúde global.

Entre os vídeos gravados e já disponíveis estão conteúdos assinados por outros docentes da Unicamp, como as médicas infectologistas e professoras da Faculdade e Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Raquel Stucchi e Maria Luiza Moretti, o pediatra e professor titular José Martins Filho, além do físico e integrante do Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS) da Unicamp, professor Leandro Tessler.

Os vídeos estão sendo gravados pelos próprios professores em suas casas, utilizando seus próprios equipamentos, já que a Unicamp ainda mantém grande parcela de seus colaboradores em trabalho remoto, principalmente os que não atuam nos serviços essenciais.

Segundo o professor, a ideia que gravar e publicar vídeos de combate às "fake news" começou de maneira caseira, quando teve acesso a informações completamente sem base científica, viralizando na internet por meio de perfis de redes sociais.

"Grupos antivacina começaram a questionar a eficácia das vacinas produzidas pelo mundo em um amplo movimento de compartilhamento de fake news encampado por movimentos políticos/ideológicos. Então comecei, com base científica, a questionar as afirmações. Usei o meu perfil particular e o resultado foi muito interessante", disse.

Para o professor, os movimentos antivacina já provaram que tem força, dado os números de vacinação no país, que segundo ele, têm caído ano após ano. "Nos últimos anos as taxas de vacinação vem caindo em vários países do mundo e no Brasil não é diferente e isso é muito preocupante. Esses movimentos antivacina são muito poderosos.

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