A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a 1ª Delegacia Seccional de Campinas firmaram acordo de cooperação técnica
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a 1ª Delegacia Seccional de Campinas firmaram acordo de cooperação técnica para facilitar a troca de informações entre a universidade e os órgãos policiais e também estimular pesquisas na área de segurança pública. Para o delegado seccional Roberto José Daher, o acordo com a Unicamp significa uma aproximação com a sociedade civil organizada, representada pela Universidade. “A Unicamp também desenvolve estudos que interessam muito à polícia, sobretudo na área da sociologia”, destacou. Algumas possibilidades já foram descritas em um plano de trabalho anexo ao acordo. O objetivo é favorecer o intercâmbio de informações de inteligência, pesquisas, mapeamentos estatísticos e treinamentos de pessoal. “Há várias possibilidades de cooperação nas áreas de formação de pessoas, pesquisas e uma série de ideias que começam a surgir a partir do acordo. O importante também é o fortalecimento das duas instituições atuando de maneira conjunta”, complementou o reitor Marcelo Knobel. De acordo com Daher, a parceria promoverá a troca de dados entre as duas instituições. "A Unicamp necessita de dados para promover pesquisas de segurança pública, social, violência contra a mulher, contra a criança e violência no geral", explicou. A polícia vai ceder esses dados e também será beneficiada. "Essas informações vão gerar estudos por parte da Unicamp, que podem reverter dados para a gente, para controle da criminalidade", avaliou. O titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, José Carlos Fernandes da Silva, salientou que delegacias de defesa da mulher ou da infância e juventude podem contribuir enormemente com subsídios para pesquisa. “A maior beneficiária desse acordo será a população”, observou. O feminicídio foi tema da última reunião do Conselho Municipal de Segurança Pública, de acordo com o presidente Marcos Alves Ferreira. “Até hoje nós não temos dados suficientes para uma análise mais profunda sobre o que vemos nas estatísticas de aumento de casos. É algo que essa aproximação da universidade com a polícia poderá nos ajudar a entender.”