Unicamp cancela depoimentos de aluno e professor

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) cancelou temporariamente o depoimento do estudante Guilherme Montenegro e do professor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Serguei Popov à comissão disciplinar que apura infrações cometidas durante a greve dos alunos. Mesmo assim, o ato marcado para ocorrer durante as oitivas, que marcaria o fim oficial da greve na universidade, deverá ocorrer. Os advogados do estudante protocolaram no dia 27 de julho um pedido de nulidade da comissão encarregada de apurar o caso. Segundo a universidade, após analisar o pedido, a Administração Central refutou as alegações dos advogados do aluno e deverá marcar uma nova data para a oitiva, para que os defensores tomem ciência do documento contestado. “A Administração Central reitera, ainda, que vem adotando medidas tanto em âmbito institucional quanto judicial para apurar os excessos cometidos durante a greve dos estudantes”, informou a instituição, em nota. A advogada Critiane Anizete, que defende o estudante, porém, informou que não foi avisada oficialmente pela Comissão Processante sobre o cancelamento da oitiva, apenas pela Mobilização Docente por meio de um e-mail que recebeu às 9h30 de ontem. Por isso, segundo ela, o jovem irá à Unicamp para prestar depoimento, conforme o previsto. Nesta segunda-feira (8) pela manhã, os alunos grevistas realizam um ato contra possíveis punições de grevistas em frente a Diretoria-Geral de Administração (DGA). A intenção era protestar durante o depoimento do universitário, mas mesmo com aviso de cancelamento a manifestação será mantida. A volta às aulas está programada para amanhã, com reposição relativa ao primeiro semestre. O conteúdo referente ao segundo semestre ficou acordado para iniciar depois do dia 28 deste mês. O Ciclo Básico 1 e o Pavilhão Básico 2 seguiam sitiados pelos grevistas até a sexta-feira. Neste domingo (7), não havia mais estudantes no Ciclo Básico, apenas as faixas de protesto colocadas pelos grevistas. O fim oficial da paralisação, porém, ficou marcada para amanhã até que todos os institutos que foram favoráveis ao movimento realizassem suas assembleias. Apenas o Instituto de Geociência, porém, teria decidido por manter a greve até hoje, quando realizará nova assembleia, já que não houve quórum.