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Unicamp: 70 mil testes diagnósticos

Volume foi cumprido em agosto; os kits da instituição atenderam 62 cidades

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
08/09/2020 às 12:03.
Atualizado em 28/03/2022 às 16:32

Em junho, no pico da demanda, eram feitos 3 mil por dia, enquanto o Estado fazia 10 mil: sem trégua (Cedoc/RAC)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizou, até o fim de agosto, mais de 70 mil testes diagnósticos para Covid-19. Os kits desenvolvidos na instituição atenderam 62 cidades. Em junho, no pico da demanda por exames, eram feitos 3 mil por dia, enquanto o Estado fazia 10 mil – ou seja, a Unicamp respondia por 30% da demanda diária. A meta, agora, é atingir, até outubro, a marca de 100 mil testes. O Estado de São Paulo, até meados de agosto, havia feito um pouco mais de 611 mil testes de RT-PCR segundo números oficiais. O que significa que a Unicamp contribuiu com pouco mais de 9% desse total. Imunologista do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e um dos responsáveis pela estrutura montada, Alessandro dos Santos Farias destaca que a universidade está muito bem preparada em termos de mão de obra e equipamentos de pesquisa. Com isso, pontua, em menos de duas semanas no mês de março, foi organizada a linha de produção para realização dos exames, que demandou investimento em torno de R$ 3 milhões. Parte dos recursos usados para o desenvolvimento dos testes veio do orçamento da própria Unicamp e também da sociedade, por meio de doações, que foram fundamentais para a padronização dos testes e credenciamentos de laboratórios. O início de todo o projeto, segundo Farias, surgiu de discussões científicas que os grupos da Unicamp envolvidos com genética, imunologia e virologia começaram a ter. O professor José Luís Modena, por exemplo, que coordena um laboratório com nível de segurança suficiente para trabalhar com o coronavírus, abriu a possibilidade para que demais grupos de pesquisa usassem toda a infraestrutura disponível. Mas, rapidamente, a situação evoluiu. “[...]O teste, no nosso dia a dia, é algo absolutamente trivial. O desafio era a escala mesmo. Apesar de achar que hoje começamos tarde, começamos antes de qualquer iniciativa no Brasil. É um motivo de orgulho para gente isso” afirma. Segundo o professor, foram semanas de muito trabalho e cuidado redobrado para que ninguém se contaminasse. “[...] Todos passaram a pensar 24 horas por dia no problema, dormindo muito pouco, ficando umas quatro horas por dia em casa.” “Apesar de uma pandemia ser terrível pelas vidas perdidas e pessoas doentes, estamos diante de uma experiência de vida única. Acaba sendo uma conquista para nós, educadores, mostrar para os nossos alunos como a formação deles é importante e pode ser aplicada diretamente em uma necessidade da sociedade”, diz.

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