ELEIÇÕES 2024

Única cidade da região a ter segundo turno, Sumaré escolhe novo prefeito amanhã

Henrique do Paraíso (Republicanos) e Willian Souza (PT) disputam a preferência de 203.032 eleitores do município

Da Redação
26/10/2024 às 06:13.
Atualizado em 26/10/2024 às 06:13

Sumaré ganhou 13.828 novos eleitores desde as eleições municipais de 2020, aumento de 7,3%; com mais de 200 mil pessoas aptas a votar, o município passou a contar com a possibilidade de segundo turno, o que se concretizou na eleição deste ano (Alessandro Torres)

Os eleitores de Sumaré vão às urnas amanhã para escolher o novo prefeito da cidade. É a primeira vez na história que o pleito será decidido em segundo turno no município, o que se tornou possível devido ao número de eleitores ter ultrapassado a marca de 200 mil, condição prevista na Constituição Federal para a realização de um turno a mais caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos válidos em primeiro turno. No certame de 2024, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), houve um aumento de 13.828 (7,3%) eleitores na cidade em relação às últimas eleições municipais realizadas em 2020. 

A disputa é entre os candidatos Henrique do Paraíso, do partido Republicanos, que somou 57.171 votos (44,4%) no primeiro turno, e Willian Souza, concorrendo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que somou 40.550 votos (31,5%). Não passaram para o segundo turno os candidatos Eder Dalben, do Cidadania (16,95%), Toninho Mineiro, do Mobilização Nacional (4,63%) e Ana Cléia, Rede Sustentabilidade (2,52%). No total foram contabilizados 147.191 votos, uma participação de 72,5% e abstenção de 27,5%. De todos que foram às urnas, 87,47% dos votos foram considerados válidos, uma vez que 6,04% dos presentes votaram em branco e 6,49% anularam. Sumaré possui 203.032 eleitores aptos. 

O eleitor teve três semanas para decidir em quem vai votar ou para se abster do pleito, como é o caso de Kendi Yamashita, 35 anos, fotógrafo que compõe os 27,5% de eleitores que não votaram no primeiro turno. “Eu não confiei votar em nenhum candidato e anulei meu voto, pois a cidade está precisando de melhorias em estrutura urbana. Tem muitos buracos nas ruas. A cidade precisa evoluir muito, e são sempre os mesmos políticos.” 

Para alguns eleitores, não houve diferença entre os turnos eleitorais com relação à qualidade da discussão de propostas, como opinou a atendente Kilnaianny Tomaz, 27 anos. “Sinceramente, eu acho que não faz muita diferença ter um segundo turno, pois foi uma repetição do primeiro. Eu já defini meu voto baseado nas propostas do candidato antes mesmo das eleições”, revelou. O manobrista Robson Gomes, 54, também comentou sobre a novidade em Sumaré. “Para mim não muda muito entre os turnos. O que eu acho que deveria mudar são os políticos, pois são sempre os mesmos.” 

Os eleitores entrevistados reivindicaram alguns problemas que precisam melhorar com a nova gestão da Prefeitura. “Aqui em Sumaré precisamos de melhorias na saúde, porque não é todo mundo que tem acesso a hospital particular. Também é necessário melhorar o transporte”, comentou Robson Gomes. Ao contrário dos demais que consideraram não haver ganhos com a existência do segundo turno, o eletricista Matheus Sobral, de 39 anos, comentou que o segundo turno possibilita mais tempo para comparar as propostas. “O que todo mundo espera é que cumpram o que falam que vão fazer na campanha, pois (o eleito) precisa entrar na Prefeitura para melhorar a cidade, principalmente na área da saúde, lazer e educação.” 

O jovem eleitor Renato Alexandre de Almeida Filho, 21 anos, trabalha como motoboy, é corretor de imóveis e votou em um candidato que não foi para o segundo turno.“Agora eu vou analisar as propostas junto com a minha família para decidirmos qual é o candidato mais adequado”, explicou. Ele contou que trabalha como motoboy, mas sofreu um acidente na semana retrasada por causa de um buraco na rua. “Não estou conseguindo dirigir por isso, então precisa melhorar a qualidade do asfalto”, comentou. Renato detalhou a situação atual no bairro onde vive. “No Primavera existe o problema de entupimento dos bueiros, o que sempre aumenta o risco de alagamento. É um problema recorrente do bairro. Falar e prometer é fácil, o que a população quer é o cumprimento das propostas.” 

DIA DA ELEIÇÃO 

A eleição ocorrerá amanhã, domingo, das 8h às 17h (horário de Brasília). Às 17h, os portões fecham, mas os eleitores que tiverem ingressado no local até esse horário poderão votar. Para consultar o local de votação e obter demais informações sobre o processo eleitoral, o cidadão pode acessar o seguinte site: www.tse. jus.br/servicos-eleitorais/autoatendimento-eleitoral#/atendimento-eleitor. De acordo com a Prefeitura, o transporte público municipal funcionará gratuitamente no domingo. A frota será a mesma que opera regularmente em dias úteis, com os ônibus circulando das 4h50 até as 23h30. As consultas aos horários e trajetórias das linhas podem ser feitas no site https://movsumare.com.br/linhas-e-horarios. 

JUSTIFICATIVA 

Os eleitores que não votaram no pleito no primeiro turno não estão impedidos de votar e poderão participar do segundo turno amanhã. O prazo de justificativa do não comparecimento no primeiro turno é de 60 dias, vencendo no dia 5 de dezembro. O mesmo prazo se aplica para o segundo turno, válido até o dia 7 de janeiro. Todos os locais de votação podem ser utilizados para formalizar a justificativa. Ela também pode ser realizada por meio do aplicativo e-Título, presencialmente nos cartórios eleitorais do município e no site do TRE, que pode ser acessado pelo endereço www.tse.jus.br/servicoseleitorais/justificativa-eleitoral

A legislação eleitoral prevê uma série de sanções para o eleitor que não votou, não justificou e também não pagou a multa eleitoral, tais como a impossibilidade de obter carteira de identidade ou passaporte, de se inscrever ou tomar posse em concurso público, de obter empréstimos em autarquias ligadas à Caixa Econômica Federal, de não receber salário ou remuneração oriunda de emprego público, além de poder ser impedido de renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo. 

Vale ressaltar que na eleições municipais não é possível a realização do voto em trânsito, quando há a possibilidade de uma pessoa votar fora de seu domicílio eleitoral de origem. Essa modalidade ocorre somente em eleições gerais, como para Presidência da República, Senado Federal, assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e governos estaduais.

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