Uma orquestra em formação

A cultura definitivamente está entre as prioridades da atual Administração de Valinhos. Prova disso é que a cidade, por meio da Secretaria de Cultura, está formatando um corpo musical, indo na contramão de outros municípios da região, que tem discutido o fechamento ou corte de subsídios de suas filarmônicas. Integrante da comissão formada pela Pasta, que tem a responsabilidade de conduzir o processo, o professor de música Roberto Bianchin Barbarini enaltece a iniciativa e se mostra entusiasmado por participar da criação da Orquestra Jazz Sinfônica de Valinhos. O musicista revela ter ficado surpreso desde o início do processo seletivo, quando notou uma grande procura por parte dos instrumentistas. Barbarani entende que o fato “não está ligado ao salário ou à dificuldade de se empregar no ramo, mas sim a proposta de um corpo musical eclético”. Outro membro do comitê, Rone César Moreira, professor de violino, viola e violoncelo, diz que fala em nome da comissão, quando afirma ter ficado surpreso com a “alta capacidade técnica” de todos os concorrentes. Barbarini se mostra entusiasmado por fazer parte de um projeto que vai instituir uma orquestra que não será somente sinfônica, mas sim uma corporação musical muito mais potente. Isso, aliado ao fator democrático, inserido desde a sua concepção, uma vez que empregará profissionais de toda a região e “pela sua própria sonoridade, devido a um repertório mais abrangente”, destaca. Moreira respalda o argumento explicando que, geralmente, o foco das apresentações fica somente em obras de compositores estrangeiros, como o alemão Johann Sebastian Bach, “mas não se houve falar de Pixinguinha e tantos outros que nasceram no nosso País e são excelentes”. “O intuito é trazer à tona toda essa gama de obras nacionais”, frisa. Em breve, será agendada para a sede da Secretaria de Cultura, na Rua Itália, 267, no Centro, a última audição prática dos músicos aprovados no processo seletivo. Restam ser analisados os artistas que integram a seção rítmica (piano/teclado, guitarra, contrabaixo elétrico/acústico, bateria e percussão). Primeiro passo O primeiro passo para a criação da orquestra foi a escolha do maestro, pois “ele é a alma tudo por ser o responsável pela direção artística”, explica Barbarini. Ao todo, 12 regentes se candidataram ao posto o que surpreendeu Ricardo Teck, coordenador da comissão. “Esperávamos entre cinco a seis interessados”, comentou. O felizardo foi o músico Marcelo Augusto Ramos Santos, de 41 anos. Vários estilos musicais vão ser abordados A criação da Orquestra Jazz Sinfônica foi definida pela Lei nº 5.525, publicada na Imprensa Oficial no dia 20 de fevereiro deste ano. O corpo musical será eclético, com abordagem variada de estilos, do erudito ao popular, em apresentações na cidade e região. A comissão de avaliação é coordenada por Ricardo Teck e conta ainda com a participação de Albano José Lopes Sales, José Luís Rivero Toledo Santos, Roberto Bianchin Barbarini e Rone Cesar Moreira. Os requisitos para participar do processo foram ter, no mínimo, 18 anos, Ensino Médio completo, formação completa ou em andamento em música (cursos livres, técnicos ou graduação), disponibilidade para trabalhar em fins de semana e feriados e para participar dos ensaios regulares. A seleção foi realizada em três fases: provas teórica e prática e avaliação da formação musical. Os integrantes da Orquestra Municipal Jazz Sinfônica de Valinhos receberão um auxílio financeiro mensal de 5,7 Unidades Fiscais do Município de Valinhos, que atualmente está em R$ 166,98, o que dá um total de cerca de R$ 950,00. COMPONENTES A Orquestra Municipal Jazz Sinfônica de Valinhos será composta por 31 músicos, sendo: 6 violinistas 2 violistas 2 violoncelistas 1 contrabaixista 2 flautistas 2 clarinetistas 1 saxofonista alto 2 saxofonistas tenores 1 saxofonista barítono 2 trompetistas 1 trombonista tenor 2 trombonistas baixo 2 trompistas 1 pianista/tecladista 1 guitarrista/violonista 1 contrabaixista elétrico/acústico 1 baterista 1 percussionista