Milhares de turistas invadiram o Chile para observar ontem o eclipse total do Sol, que mergulhou em completa escuridão uma faixa de 150 quilômetros do Norte do país e centro norte da Argentina. Favorecido pelos céus imaculados do norte do Chile e pela proliferação de observatórios na capital mundial da astronomia, esse eclipse total tornou-se um fenômeno de massa, um século após outro fenômeno semelhante, que ocorreu em Sobral, no Brasil, permitido a um grupo de cientistas verificar pela primeira vez a teoria da relatividade de Albert Einstein e consolidar uma das maiores revoluções na história da ciência. Os mais comuns são os eclipses anulares, que significa que a Lua está um pouco mais longe da Terra e não chega a cobrir completamente o disco do Sol, permanecendo como um anel. O de ontem foi um eclipse total, ou seja, o disco da Lua esteve um pouco maior do que o disco do Sol, cobrindo sua totalidade. Embora o eclipse de ontem, iniciado no Pacífico, pudesse ser observado em boa parte do Chile, a “zona zero” esteve localizada em uma faixa de 150 quilômetros nas regiões de Coquimbo e Atacama, onde o dia luminoso deu lugar a uma noite curta de cerca de 2 minutos e 36 segundos a partir das 16h38 local (17h38 de Brasília). Acampamentos com barracas, carrinhos de comida, conexão com a internet e banheiros químicos foram instalados em uma dúzia de pequenas cidades animadas com as boas vendas em um único dia. Quem não pôde viajar para o Norte, também pôde ver o eclipse. Em Santiago, a capital, o fenômeno cobriu 92% do Sol. Outro eclipse total do Sol ocorrerá em 14 de dezembro de 2020 no Sul do Chile. No Brasil, o mesmo tipo de eclipse poderá ser visto apenas em 2045. Ontem, foi visualizado parcialmente em 14 das 27 capitais. Porto Alegre foi a capital com melhor visibilidade.
