Direção da São Leopoldo Mandic monta esquema de segurança para proteger alunos e pacientes
Veículo cruza o túnel que tem gerado bastante preocupação para a comunidade que frequenta diariamente a faculdade: perigo de abordagens (Leandro Ferreira/AAN)
A insegurança nas proximidades de um túnel que liga o bairro da Ponte Preta ao Jardim Proença, em Campinas, é motivo de preocupação para a direção da Faculdade São Leopoldo Mandic. Segundo José Luiz Cintra Junqueira, diretor geral da entidade, o local concentra grande fluxo de traficantes e usuários de crack e se tornou “terra de ninguém”. Para assegurar a integridade de aproximadamente 2 mil pessoas, entre estudantes e pacientes que transitam diariamente pela Rua Dr. José Rocha Junqueira, onde a entidade está localizada, a medida foi contratar uma empresa de segurança privada para atuar das 7h às 23h, horário de funcionamento da instituição de Ensino Superior. A atitude foi tomada há cinco anos. Desde então, no mínimo três vigilantes se distribuem entre a via, de aproximadamente 800m. Um dos seguranças fica no início do caminho, no cruzamento com a Rua Abolição. Outro na metade e, por fim, o terceiro no final da alameda. O primeiro guarda, inclusive, fica acompanhado de uma viatura que, a partir das 17h, se posiciona no lado contrário do túnel que desemboca nas ruas Afonso Pena e Dr. Arlindo Joaquim Lemos. Junqueira esclarece que os motoristas ficam reféns de assaltantes, que se escondem na boca de baixo do túnel, voltada ao Proença. Ele entende que as autoridades policiais fazem o que podem, dentro das suas possibilidades. Contudo, o educador entende que a solução definitiva para o problema seria fechar o túnel. Para Junqueira, isso não traria prejuízo nenhum à população, uma vez que a rua é mão única, que existem outros acessos próximos e que os pedestres podem fazer a travessia pelo túnel na Rua Waldemar Blatkauskas. Outro problema enfrentado são os caminhões que entram na rua e têm que voltar quando se deparam com o pequeno acesso, que permite apenas a passagem de um veículo por vez e não tem calçada para pedestres. Junqueira assegura que se a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) liberar o fechamento, a própria faculdade irá assumir os custos. O diretor, entretanto, afirma que nunca obteve resposta da empresa, mesmo já tendo feito alguns protocolos. “A Emdec só sabe vir aqui multar os carros que estão parados na rua”, critica. Ao todo, a instituição disponibiliza 1.100 vagas em três estacionamentos com serviços terceirizados espalhados pela Rua Dr. José Rocha Junqueira. Porém, a quantidade, costumeiramente, não comporta a demanda de veículos. Posição da Emdec Em nota, a Emdec informou que o fechamento do túnel foge do seu escopo de atuação, devido o local envolver concessão de linha férrea em área urbana. Sobre a sinalização viária no entorno, a empresa irá avaliar se há necessidade de ampliação. Posição da Rumo A Rumo, concessionária responsável pela circulação ferroviária em Campinas, por sua vez, esclarece que, no caso específico, o referido túnel é de circulação rodoviária. Assim, de acordo com a empresa, cabe à secretaria de trânsito do município intervir ou não no acesso de veículos. Posição da Segurança A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou ontem, em nota que “as ações integradas das polícias Militar e Civil resultaram em um aumento de 142,8% nas ocorrências de combate ao tráfico de drogas na região, no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2017”. Argumentou também que “policiais da 1ª Cia do 35º BPM/I realizam policiamento ostensivo e preventivo ininterrupto no local, tanto no entorno do túnel, quanto em sua extensão”.