MISTÉRIO

Túmulos são arrombados e ossos espalhados

A ação ocorreu em dois jazidos da mesma família no Cemitério Municipal de Jaguariúna; Polícia Civil vai investigar o caso

Alenita Ramirez
19/04/2020 às 17:37.
Atualizado em 29/03/2022 às 16:45

Dois túmulos da mesma família foram arrombados e tiveram a ossada dos cadáveres revirada, no cemitério municipal de Jaguariúna. Foram duas ações distintas em um espaço de 48 horas. Os ossos foram deixados espalhados perto do jazido. Um dos casos aconteceu na madrugada deste domingo (19) e foi registrado na delegacia do município como Vilipêndio de Cadáveres. A suspeita é de magia negra. “Só queremos entender o que está acontecendo. Nunca houve esse tipo de ação por aqui, pelo que temos conhecimento”, disse uma dona de casa, cujo nome foi preservado.Na ação, os criminosos usaram martelo e talhadeira para arrombar as sepulturas. O primeiro arrombamento aconteceu na madruga da sexta-feira no túmulo onde foram sepultados os avós paterno e o casal de tios da dona de casa. Os familiares estão enterrados no local entre um e dez anos. Três dos corpos estavam em sacos separados e apenas um, da avó, estava ainda no caixão, em decomposição. Os ossos foram deixados espalhados próximos da sepultura.Nesta madrugada, foi violado o mausoléu da avó materna da dona de casa, onde também estão o casal de idosos. O homem enterrado há cerca de 20 anos e a mulher há cinco anos, sendo estava no saco plástico e o outro ainda no caixão. “Soubemos da violação do túmulo através da funerária para a qual pagamos para fazer o serviço de manutenção. É muito triste isso”, falou a dona de casa.A Polícia Científica foi no local e, segundo a família, foi verificado se há falta de ossos nos cadáveres. Não se sabe se algum foi retirado, uma vez que o relatório pericial só deve ficar pronto em no mínimo 30 dias. A família também não soube dizer se havia algum osso faltando, porém todos que estavam próximos e foram recolhidos para análise. Crime O ato de velipendiar cadáveres ou suas cinzas, pela lei, gera punição entre um a três anos de reclusão e pagamento de multa. Entre os crimes mais comuns de vilipêndio do corpo humano morto, segundo a literatura, está a chamada necrofilia, ou seja, quando alguém mantêm relações sexuais com o cadáver.

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