HAITI

Treinamento prepara militares para missão

Militares rumam para o Haiti a partir de dezembro, representando o 19º Contingente do Batalhão

Fábio Gallacci
gallacci@rac.com.br
04/10/2013 às 08:29.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:03

Tenente-coronel Amilton Moleta, instrutor do CCOPB: intensidade ( Edu Fortes/AAN)

Integrantes do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), organização do Exército sediada no Rio de Janeiro, estão em Campinas para realizar entre os próximos dias 27 de outubro e 1º de novembro uma série de exercícios voltados aos 1,2 mil militares que rumam para o Haiti a partir de dezembro, representando o 19º Contingente do Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 19). O Exercício Avançado de Operações de Paz (EAOP) é aplicado sempre ao final da preparação dos batalhões que vão para o país caribenho. Dessa vez, homens e mulheres do Interior e Litoral paulista — sendo 280 especificamente de Campinas — passarão por atividades criadas para simular possíveis situações reais que serão encontradas na missão. São manifestações populares, confrontos, atendimentos médicos, acidentes e até partos. Por aqui, as ações envolverão 1,1 mil pessoas, entre militares e civis, em ruas de Nova Odessa e Sumaré. Campinas representará a base do batalhão. Esse tipo de exercício é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como referência mundial no preparo de contingentes para ações humanitárias. Antes de aplicar as atividades, equipes do CCOPAB e do Brabat 19 estiveram no Haiti para verificar a atual situação do país, que vive um clima tenso pela aproximação do período eleitoral. “Os dias de exercícios prometem ser intensos. Serão colocados diante dos participantes mais de cem incidentes, e as reações da tropa serão avaliadas. Não será uma avaliação individual do militar, mas uma verificação do comportamento do conjunto”, explica o tenente-coronel de Infantaria Amilton Fernando Barbosa Moleta, que também é instrutor do CCOPAB.Toda a documentação que circulará durante o exercício será no idioma inglês, exatamente para respeitar as condições reais. Os civis que costumam participar são, normalmente, universitários do curso de relações internacionais. Eles foram selecionados nas universidades campineiras.

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