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Tratamento de esgoto chega a 100%

Meta foi atingida com a Estação Produtora de Água de Reúso (Epar) Boa Vista

Maria Teresa Costa
16/07/2020 às 07:56.
Atualizado em 28/03/2022 às 21:46
Meta foi atingida com a Estação Produtora de Água de Reúso (Epar) Boa Vista (Divulgação)

Meta foi atingida com a Estação Produtora de Água de Reúso (Epar) Boa Vista (Divulgação)

Com a entrega, ontem, da Estação Produtora de Água de Reúso (Epar) Boa Vista, Campinas amplia sua capacidade de tratamento dos atuais 92% para 100% e será a primeira, entre municípios de grande porte, a atingir a universalização no tratamento dos efluentes. Até o final de agosto, informou o prefeito Jonas Donizette (PSB), começará a fase de pré-operação, que deve durar três meses para atestar a eficiência do processo. O investimento na obra foi de R$ 60 milhões - R$ 40 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 20 milhões da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa). A obra terá ainda uma inauguração oficial quando a situação da pandemia permitir. Jonas disse que convidou o presidente Jair Bolsonaro. Instalada às margens da Rodovia D. Pedro I, a estação terá capacidade de tratar 180 litros por segundo e produzirá água de reúso a partir do processo que usa membranas filtrantes, tecnologia que elevará o nível de tratamento. Essas membranas removem a matéria orgânica e fazem a desinfecção da água, devolvendo ao rio água com 99% de grau de pureza. A fase de pré-operação, prevista para o final de agosto, ocorre pelo atraso na entrega de um equipamento, chamado soprador, que oxigena o esgoto para o tratamento aeróbico. Eles foram adquiridos da República Tcheca e dois chegaram - atraso em função de pandemia. Com o início da operação, começará a fase de desativação da Estação Vó Pureza, no Jardim São Marcos, prevista para ser concluída em 18 meses. Essa ETE será a segunda em Campinas a adotar o tratamento terciário de esgoto, que devolve ao Rio Capivari água de melhor qualidade. Outras duas estações, a Anhumas e a Capuava (em Valinhos) serão modernizadas para receber o mesmo processo. Os recursos, de R$ 260 milhões, do Ministério de Desenvolvimento Regional, estão liberados. O investimento da Sanasa na estação de Valinhos ocorre por uma parceria entre as duas cidades. Valinhos enfrenta problemas na aprovação de investimentos industriais e residenciais, porque sua capacidade de tratar o esgoto já se esgotou. Pela parceria, a empresa de Campinas modernizará a ETE-Capuava e levará para serem tratados nessa unidade os efluentes que hoje chegam a ETE-Samambaia, alvo de recomendações do Ministério Público para adoção de medidas. Há também um fator ambiental na decisão: o esgoto tratado em Valinhos é despejado no Córrego Pinheiro, que deságua no Rio Atibaia, a um quilômetro do local onde a Sanasa capta água para abastecer 95% de Campinas. Com melhor qualidade de água, a empresa terá redução de custos, especialmente cloro, no tratamento.

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