reflexos

Transporte pede socorro financeiro

Concessionárias alegam queda acentuada no número de passageiros por conta da quarentena

Maria Teresa Costa
12/08/2020 às 07:53.
Atualizado em 28/03/2022 às 19:04
Concessionárias esperam aporte maior do Município e torcem por um projeto que tramita no Congresso (Leandro Ferreira/AAN)

Concessionárias esperam aporte maior do Município e torcem por um projeto que tramita no Congresso (Leandro Ferreira/AAN)

Com queda significativa no número de passageiros transportados pelo isolamento necessário ao enfrentamento da pandemia, as empresas de transporte coletivo que integram o Sistema InterCamp afirmam que os custos operacionais continuam acima da receita e que será necessário um aumento no subsídio pago pela Prefeitura, que hoje é de R$ 5 milhões mensais, para garantir o equilíbrio econômico das empresas. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, o SetCamp, as concessionárias estão transportando apenas 45% da demanda da pré-pandemia. O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou que a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) está fazendo cálculos para avaliar a necessidade de ampliar o aporte mensal. Há expectativa de que as capitais brasileiras e municípios com mais de 300 mil habitantes e regiões metropolitanas com o mesmo contingente populacional recebam um auxílio emergencial de R$ 4 bilhões do governo para socorro às empresas de ônibus e transportes metropolitanos. De acordo com o projeto tramita no Congresso, o governo vai injetar dinheiro para as empresas na forma de créditos - uma espécie de compra de passagens antecipada. Esses créditos serão usados posteriormente em programas sociais e gratuidades. O impacto da pandemia foi grande na movimentação de passageiros, segundo Paulo Barddal, diretor de Comunicação do SetCamp. Em 6 de março, uma sexta-feira, antes portanto da quarentena, as concessionárias transportaram 435.338 passageiros, incluindo as gratuidades. No dia 7 de agosto, uma sexta-feira também e último dia da fase laranja do Plano SP de retomada em Campinas, foram 195.748. Queda de 55%. “O sistema precisa de auxílio financeiro para continuar oferecendo esse serviço essencial e de importância indiscutível para a recuperação da economia local e regional”, disse Barddal. Mesmo com o início da retomada das atividades, afirmou, a quantidade de passageiros transportados continua bastante inferior em relação à quantidade que existia antes do início da pandemia da Covid-19. A média de passageiros pagantes transportados em julho ficou 56% abaixo da quantidade do início de março. Durante a fase laranja encerrada na semana passada, disse, a recuperação foi bastante tímida, de apenas 3%. “E, agora, mesmo com o início da fase amarela, é possível constatar que muitos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços fecharam suas portas ou, então, tiveram de demitir funcionários para tentar sobreviver. Ainda não é possível estimar quanto tempo e qual será a velocidade da recuperação. Os custos operacionais continuam acima da receita”, afirmou.

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