excesso

Transporte lotado foi provação no retorno

Pessoas sem espaço para se mexer dentro de ônibus lotados. Essa foi uma cena comum ontem no transporte coletivo de Campinas

Gilson Rei
09/06/2020 às 10:58.
Atualizado em 29/03/2022 às 09:53

Pessoas sem espaço para se mexer dentro de ônibus lotados. Essa foi uma cena comum ontem no transporte coletivo de Campinas, no primeiro dia de reabertura do comércio. A lotação, que já vinha ocorrendo nos horários de pico antes da flexibilização, tornou-se regra em todos os horários. Outro problema ontem foi a falta de álcool em gel nos totens dos terminais Central e Ouro Verde. Logo pela manhã, as linhas dos distritos do Ouro Verde e Campo Grande circularam lotadas, transportando principalmente funcionários de lojas — muitas delas necessitaram de uma preparação no interior antes do meio-dia, horário de reabertura. É o caso de Renato Augusto Oliveira, atendente de uma loja de relógios. Oliveira desceu no Centro do ônibus 1.31 (Vida Nova) depois de um trajeto complicado. "Logo cedo tive que ficar em uma fila para entrar no ônibus. Quando entrei, todos os bancos já estavam ocupados e quase não tinha lugar para ficar em pé. Depois, lotou mais um pouco no trajeto. As pessoas estavam com máscaras, mas isolamento social é uma coisa impossível", reclamou. Sônia Cristina Alves, vendedora de uma loja de departamentos, reclamou também da superlotação na linha 1.94 (Jardim Itaguaçu). "Eu já imaginava que seria essa falta de respeito dentro dos veículos. Desde o começo a situação é difícil para quem usa ônibus para ir ao trabalho. Agora, com a abertura do comércio a tendência é de piorar." A reportagem flagrou, no período da manhã, superlotação em ônibus das linhas 1.04 (Dic IV); 1.92 (Vila Diva); linha 1.97 (Jardim Marisa) e 1.15 (Adhemar de Barros). Já no período da tarde, constatou que a situação de lotação se repetiu entre os passageiros de outras regiões. Foram os casos das linhas: 2.12 (Terminal Itajaí); 2.52 (Parque São Jorge); 3.11 (Jardim Santa Mônica); 3.24 (Real Parque); 3.55 (Vila Genesis); e 4.02 (Parque da Figueira/Swiss Park). Outras medidas de segurança foram obedecidas. Motoristas e passageiros utilizaram máscaras. Além disso, os ônibus trafegaram com as janelas abertas. A medição de temperatura ocorreu em terminais. Quem apresentou temperatura acima de 37,8ºC foi proibido de entrar e orientado a procurar atendimento médico. Outro lado A Emdec responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo, afirmou, em nota, que para solucionar a superlotação está monitorando a movimentação e que corrigiria os problemas identificados. Informou também que ampliou a frota entre 25% e 30%. Segundo a Emdec, o monitoramento do sistema de transporte público é realizado em tempo real. Quanto à falta de álcool em gel nos totens, a Sanasa, responsável pela ação, informou que estava ciente e justificou que houve falta porque o reabastecimento é feito de segunda a sexta-feira por equipe terceirizada. Porém, garantiu que será feito em todos os terminais.

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