em Campinas

Trânsito registra menor nº de mortes desde 2015

Primeiro bimestre apresenta queda de 38,4% em relação a igual período de 2017

Maria Teresa Costa
25/03/2018 às 09:20.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:25
Bombeiros prestam socorro a motociclista que se feriu em colisão no bairro Taquaral, em Campinas: no Estado, os usuários de moto também foram as principais vítimas de acidentes (Dominique Torquato/AAN)

Bombeiros prestam socorro a motociclista que se feriu em colisão no bairro Taquaral, em Campinas: no Estado, os usuários de moto também foram as principais vítimas de acidentes (Dominique Torquato/AAN)

O número de mortes no trânsito em Campinas registrado em fevereiro foi o menor desde 2015, quando teve início o levantamento do Infosiga SP, o banco de dados com informações de acidentes de trânsito do Estado de São Paulo. O número de fatalidades causadas por acidentes caiu 50% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado e 40% em relação a janeiro. Neste ano foram registradas 6 mortes, contra 12 em 2017. O primeiro bimestre registra queda de 38,4% em relação ao primeiro bimestre do ano passado. No Estado, a queda de mortes em fevereiro se repetiu, segundo levantamento gerido pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. Neste mês foram registradas 374 vítimas de acidentes de trânsito, redução de 10,1% na comparação com o mesmo período de 2017 (416 ocorrências). Os motociclistas continuam liderando as estatísticas de fatalidades no trânsito em Campinas. Eles somaram três vítimas em fevereiro, mas com uma redução de 25% na comparação com 2017. Também houve queda importante, de 80%, de mortes de pedestres. No Estado, os motociclistas também foram as principais vítimas dos acidentes. Usuários de moto somam 137 vítimas em fevereiro, mas com redução de 1,7% na comparação com 2017 (144 casos). Já 105 fatalidades vitimaram pedestres, redução de 3,1% (118 óbitos), seguido por ocupantes de automóveis, com 81 vítimas (-1,9%, 89 casos), e ciclistas, único grupo que apresentou aumento no mês. Foram 29 fatalidades em fevereiro, contra 21 no ano passado, aumento de 1,9%. Imprudência Para o engenheiro de trânsito Lucas de Oliveira, a imprudência é um dos principais fatores da mortalidade entre motociclistas. “Eles se arriscam em ultrapassagens, costuram no trânsito e aqueles que usam a moto como instrumento de trabalham, correm muito para cumprir horários de entrega”, afirmou. O treinamento insuficiente e as más condições das vias, além da falta de educação dos outros usuários das ruas (motoristas, ciclistas e pedestres) e o estado ruim de conservação de boa parte da frota encabeçam uma longa lista de motivos para os acidentes com motos. Entre os seis óbitos ocorridas em fevereiro, três eram motociclistas, um ciclista, um pedestre e um que morreu em acidente de carro. No ano passado, no mesmo mês, cinco eram pedestres, quatro motociclistas, um ciclista, um morreu em acidente de caminhão e uma vítima não teve causa da morte identificada. Mesmo com a melhora do cenário econômico, que traz reflexos para o fluxo de veículos, o Estado apresenta tendência de queda nos índices. No primeiro bimestre, foram registrados 761 óbitos contra 825 casos no ano passado, redução de 7,8% e 64 vidas poupadas. “É inegável que os números estão ainda longe do ideal, mas as reduções são um indicativo importante e mostram que a sociedade está se mobilizando em prol da segurança no trânsito”, afirma a coordenadora do programa, Sílvia Lisboa. Entre as bases de dados do governo do Estado, o Infosiga SP já é a segunda mais acessada, atrás apenas do Infocrim — Informações Criminais, de acordo com o levantamento Governo Aberto SP, realizado pela Ouvidoria Geral do Estado. “A segurança no trânsito entrou definitivamente na pauta do Estado e do País, com a sociedade engajada na busca por soluções para uma mobilidade mais segura”, afirma o governador Geraldo Alckmin, em nota. “O Estado registrou, pelo segundo mês seguido, o menor número de óbitos da história do Infosiga SP. Resultado que só foi possível graças à união de muitos esforços, com projetos que desenvolvemos em parceria com municípios, iniciativa privada e terceiro setor, coordenado pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito e Detran.SP. Temos um longo caminho a percorrer, mas estamos no rumo certo para tornar nossas ruas e estradas mais seguras”, disse.

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