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Total de homicídios é o maior em cinco anos

Campinas fechou o primeiro semestre deste ano com aumento nos números de assassinatos, segundo dados divulgados ontem pela SSP

Henrique Hein
26/07/2019 às 09:15.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:11

Campinas fechou o primeiro semestre deste ano com aumento nos números de assassinatos, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). Ao todo, a Polícia Civil registrou 73 vítimas de homicídio doloso no primeiro semestre de 2019, uma alta de 8,2% na comparação com o mesmo período de 2018, quando 67 pessoas foram mortas na cidade. Trata-se do maior índice computado nos últimos cinco anos. O número só não é maior do que os 74 casos registrados no primeiro semestre de 2014. Somente nos últimos 24 meses (dois anos), 291 pessoas foram assassinadas em Campinas – uma média de uma morte a cada 60 horas. O especialista em segurança pública, José Henrique Specie, explica que aumento precisa ser encarado com seriedade pelas autoridades competentes. Segundo ele, a polícia precisa buscar entender as razões deste aumento para encontrar meios capazes de diminui lá. “O Brasil vive hoje um momento muito complicado em termos de segurança. O próprio Estado de São Paulo, por exemplo, tem hoje um déficit muito grande de homens na segurança pública, sobretudo na Polícia Civil, que é a responsável por investigar os crimes. Se você não tem profissionais suficientes atuando, a estrutura vai fica comprometida”, ressaltou. Ao todo, Campinas possui 13 Distritos Policiais (DP) espalhados por toda a cidade. Em 2019, as unidades que computaram o maior número de assassinatos foram o 9º DP e o 11º DP, com 23 e 19 homicídios dos 73 casos registrados até o dia 30 de junho, respectivamente. Os dois espaços atendem os moradores que vivem nos arredores da região de Viracopos e do Distrito do Campo Grande. A região de Barão Geraldo (7o DP) vem logo atrás, na terceira colocação, com 9 crimes praticados. Por sua vez, a unidade policial que obteve o menor índice foi o 13º DP, com nenhum registro computado pelas autoridades nos primeiros seis meses deste ano. O espaço atende a região do Cambuí. O homicídio doloso consta no Artigo 121 do Código Penal Brasileiro. Este tipo crime pode ser classificado como dolo direto, ou seja, quando o indivíduo realmente deseja matar outra pessoa; ou dolo indireto, quando ele não tem o propósito de matar, mas é o responsável por organizar algum evento que causou a morte da vítima por consequência. A pena para este tipo de crime varia de seis a vinte anos a reclusão. Roubos e estupros têm queda significativa Além dos homicídios dolosos, outro crime que registrou alta em Campinas no primeiro semestre deste ano foram os furtos, com 7.996 registros – um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 7.867 casos foram computados pela SSP. Em contrapartida, o número de roubos e estupros tiveram queda de 7,3% e 25%, respectivamente. Nos primeiros seis meses deste ano, 3.257 roubos foram praticados contra 3.513 do mesmo período de 2018. Já em relação aos estupros, foram 102 casos computados entre janeiro e junho, ante 136 do ano anterior.

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