Índice, comparado à 2016, foi computado até as 18h de ontem
Câmara Municipal de Campinas (Divulgação)
O número de registros de candidatos a vereador liberado até às 18h de ontem já é 14,6% em relação a ultima eleição municipal, em 2016. Neste ano, de um total de 942 que pediram registro à Justiça Eleitoral, 894 conseguiram, 39 foram barrados, seis renunciaram e três ainda aguardavam julgamento até o início da noite. Na última eleição, 818 tentaram concorrer, mas 24 foram barrados e seis renunciaram. O indeferimento das candidaturas tem como principais motivos contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas (TCE), falta de documentos exigidos ou ausência de manifestação no processo. Entre os candidatos a vereador barrados estão os parlamentares Aurélio Cláudio (PDT), Campos Filho (Podemos) e Vinicius Gratti (PP), que tentam registro para concorrer à releição. A grande de candidatos a vereador ocorre porque, pela primeira vez, eles não poderão por meio de coligações. O fim das coligações na eleição proporcional foi aprovado pelo Congresso Nacional por meio da reforma eleitoral de 2017. Com isso, o candidato a uma cadeira na câmara municipal somente poderá participar do pleito em chapa única dentro do partido ao qual é filiado. Na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas, e não o candidato. No caso, o eleitor escolhe um dos concorrentes apresentado por um partido. Estarão eleitos os que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% do Quociente Eleitoral (QE), tantos quantos o respectivo Quociente Partidário (QP) indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. Com a mudança da legislação, os partidos com menos força não terão ajuda dos com mais força. Com as novas regras, avalia o cientista político José Carlos Ricci, nenhum candidato com pouco voto vai conseguir se eleger porque ele precisará de, pelo menos, o mínimo de votos correspondente a 10% do coeficiente eleitoral do seu partido.