ELEIÇÕES

Total de candidatos à Câmara supera 2016

Até ontem à tarde, eram 843, contra 818 do pleito passado

Maria Teresa Costa
26/09/2020 às 11:31.
Atualizado em 28/03/2022 às 00:13
Projeto amplia desconto sobre multa de ISS (Matheus Pereira/AAN)

Projeto amplia desconto sobre multa de ISS (Matheus Pereira/AAN)

O número de candidatos a vereador nas eleições de novembro ultrapassou ontem a marca de 2016, quando 818 requereram registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até as 16h já eram 843 pedidos de 22 partidos. O prazo para a requisição dos registros vencia às 19h. A disputa pelas 33 cadeiras na Câmara Municipal está em 25 candidatos por vaga, pouco acima da concorrência no vestibular 2020 da Unicamp para Engenharia Civil (de 24,1 por vaga). As 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) somavam, até ontem, 4.402 candidatos a vereador. Sem possibilidade de coligações ao Legislativo, será um teste que dirá se os partidos pequenos ainda têm força para se manterem vivos. Cada partido pode indicar até 50 candidatos em Campinas. Uma das principais mudanças nas regras eleitorais deste ano é que, com o fim das coligações nas eleições proporcionais, cada partido deverá, individualmente, indicar o mínimo de 30% de mulheres filiadas para concorrer no pleito.  Os partidos políticos deverão, também, reservar pelo menos 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, conhecido como Fundo Eleitoral, para financiar as campanhas de candidatas no período eleitoral. Neste ano, cada partido pode registrar até 50 candidatos. Diferentemente dos prefeitos, que se elegem com a maioria dos votos válidos, os vereadores precisam atingir o chamado quociente eleitoral para garantir uma cadeira no Legislativo. Na prática, nem sempre os candidatos mais votados são eleitos. O quociente eleitoral é calculado pelo número de votos válidos na eleição, dividido pelo número de cadeiras na Câmara.  De posse desse quociente, é preciso calcular o quociente partidário (resultado da divisão da quantidade de votos válidos dado ao mesmo partido político, dividido pelo quociente eleitoral). É esse número que define a quantidade de cadeiras que o partido terá na Câmara. Os mais votados na legenda são eleitos nas vagas do partido.  É possível que, após a distribuição das vagas entre os partidos, ainda existam cadeiras a serem preenchidas, as chamadas sobras. Havendo sobras, todos os partidos disputam as cadeiras restantes, independentemente de ter feito ou não o quociente eleitoral. A nova regra tem a finalidade de evitar que candidatos com votações muito baixas sejam eleitos pelos puxadores de votos. Com o fim das coligações proporcionais, disse o especialista em Direito Eleitoral, Marcelo Pelegrini, em tese, aumentará o número de candidatos, já que os partidos estão de olho na cláusula de barreira para 2022. Os partidos, especialmente os pequenos, terão uma noção nessa eleição do que enfrentarão quando o fim das coligações for aplicado nas eleições de 2022 para os legislativos estadual e federal. Além disso, afirmou, a divisão da "sobra" para os partidos que, sozinhos, não fizerem cadeira, pode justificar o crescimento no número de candidatos. Corrida eleitoral ganhará as ruas Seis dos 14 candidatos a prefeito de Campinas colocarão os pés nas ruas amanhã em busca de votos, primeiro dia da liberação da campanha eleitoral de 2020. A maioria, no entanto, fará reuniões nos bairros e com equipes e gravações para a propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, que começa em 9 de outubro. Será uma campanha diferente este ano, por causa da pandemia, e que exigirá criatividade dos candidatos na conquista do voto no momento em que o isolamento social é exigido. Ahmed Tarique (PMN) vai conversar com a população do Jardim Santa Lúcia e à tarde estará na Lagoa do Taquaral. Alessandra Ribeiro (PCdoB) dedicará a parte da manhã para a preparação das gravações do programa eleitoral de TV e para o debate da Band. À tarde estará no lançamento da campanha de um candidato a vereador do partido. André Von Zuben (Cidadania) irá às 10h no Distrito do Campo Grande para conversar com os moradores, à tarde estará no Distrito de Nova Aparecida e à noite, terá reunião interna com a equipe de campanha. Artur Orsi (PSD) não informou sua agenda para amanhã. Dario Saadi (Repub) estará em oito reuniões que já estavam agendadas. A Delegada Teresinha (PTB) começará o dia com um café da manhã em Sousas, na casa de uma família que a apoia, e à tarde vai contatar eleitores no Campo Grande. Edson Dorta (PCO) estará em reunião fechada com militantes do Comitê Fora Bolsonaro. Hélio de Oliveira Santos (PDT) estará com o presidente nacional da legenda, Carlos Luppi, tratando do planejamento de campanha no Rio de Janeiro. A sede do PDT de Campinas está fechada essa semana, disse, devido a casos de Covid, o que obrigou a uma quarentena coletiva. A candidata do PSTU, Laura Leal de Castro, que é petroleira, não terá agenda política porque estará no trabalho das 7h30 às 19h30, e por isso a equipe vai centrar na divulgação pelas redes sociais. Pedro Tourinho (PT) vai caminhar no Campo Belo, onde fará o lançamento da campanha. Rafa Zimbaldi (PL) estará na feira livre do São Bernardo, depois visita o Morro dos Macacos e a praça de esportes Campão, em frente ao Núcleo Nova Aliança. Rogério Menezes (PV) fará reuniões virtuais com candidatos do partido ao Legislativo e a tarde, visitas presenciais e lives com os candidatos a vereador. Rogério Parada (PRTB) dedicará o domingo e também a segunda-feira para gravação de produção de vídeos. Já Wilson Matos (Patriota) e os candidatos a vereador do partido andarão pelo Centro para apresentar uma ferramenta de divulgação que torna a campanha ecológica (sua equipe não informou o que é essa ferramenta).

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