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Terminal é alvo de reclamações de usuários

Inaugurado há quase dez anos, o Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira, em Campinas, se tornou estratégico para 75 mil usuários que, diariamente, embarcam em linhas intermunicipais ou locais do transporte público

Rogério Verzignasse
18/02/2018 às 20:38.
Atualizado em 22/04/2022 às 05:45
Plataforma com banco faltando no Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira (Leandro Ferreira)

Plataforma com banco faltando no Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira (Leandro Ferreira)

Inaugurado há quase dez anos, o Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira, em Campinas, se tornou estratégico para 75 mil usuários que, diariamente, embarcam em linhas intermunicipais ou locais do transporte público. Anexo à Rodoviária, o espaço se notabilizou, no final da década passada, como uma referência em funcionalidade. Depois de uma década, no entanto, o cenário é bem diferente. Luzes queimadas, bancos arrancados, banheiros imundos, vazamentos, piso encardido. A administração do terminal é responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Os serviços de manutenção são executados por um consórcio contratado, que já foi notificado da situação. A crise econômica que se arrasta também contribuiu para a paisagem agressiva. Dezenas de trabalhadores informais tomam as plataformas de embarque e acessos, vendendo de tudo: de garrafas d’água a chip de celular, de salgadinhos a balas. É um autêntico mercado popular, com consumidores disputados aos berros, e as banquinhas montadas de improviso pelos cantos. No túnel de pedestres — ligação de 35 metros entre o terminal e a Rua Dr. Ricardo — moradores de rua dormem enrolados em cobertores, espalhados pelo chão. Os próprios usuários do terminal jogam lixo no chão. Indignação A situação incomoda as pessoas que passam diariamente pelo local. Gente como o administrador de empresas Luiz Odair Visentini, de 65 anos, usuário de uma linha municipal que parte do terminal e leva passageiros ao distrito de Sousas. "No banheiro masculino, falta até papel higiênico. O chão fica alagado por conta dos vazamentos e o cheiro é insuportável", diz.  Ele reclama também da manutenção precária das plataformas de embarque. Em diversos pontos, fala, os assentos foram arrancados, e permanece à mostra apenas a estrutura de ferro dos bancos. Além disso, diz, a sujeira por todo o terminal é de espantar. O piso original, de bloquetes vermelhos intertravados, vai escurecendo: "Pelo jeito nunca foram lavados." O aposentado Jurandir Gomes, de 74 anos, se tornou usuário do Terminal Metropolitano há três meses, quando se mudou de Campinas para Monte Mor. E ele não gosta nem um pouco do que vê todos os dias. "É simplesmente impossível usar o banheiro. Todos os dias daquele jeito: imundo, fedendo", reclama. Na plataforma de embarque das linhas que servem Sumaré, por exemplo, diversos passageiros esperavam ônibus de pé na última quarta-feira. É que foram arrancados assentos que estavam afixados à base metálica do banco. É uma cena comum em todo o terminal. Cada estrutura original permite quatro assentos afixados. Em diversos pontos, restam apenas um ou dois.     Administração reconhece problemas pontuais no local A administração do Terminal Metropolitano Prefeito Magalhães Teixeira, foi procurada na quarta-feira pela reportagem, reconheceu que existem problemas pontuais no espaço, decorrentes principalmente do movimento intenso de passageiros. A direção da EMTU informou, em nota oficial, que os serviços de manutenção e limpeza são executados pelo consórcio BUS+, contratado para tal finalidade. De acordo com a direção da estatal, o consórcio tem até o final do mês para regularizar a manutenção. Se não o fizer, terá de arcar com as multas previstas em contrato.

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