Causa principal são os atos de vandalismo contra diversos ônibus
Às moscas: Terminal Central mostrou esvaziamento na manhã de ontem (Matheus Pereira)
O movimento nos terminais de ônibus em Campinas caiu consideravelmente na manhã de ontem, após os atos de vandalismos na noite anterior. Com medo de ficar a pé ou de novos ataques, muitos passageiros decidiram ficar em casa. Além disso, o que também contribuiu para o baixo fluxo foi a suspensão das aulas pela rede municipal, algumas escolas estaduais e universidades até amanhã. Como medida de segurança, anteontem á noite, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano e Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (Setcamp) foi obrigado a recolher os veículos, mas ontem já estavam circulando normalmente. A medida foi tomada na mesma tarde em que as empresas haviam anunciado o aumento de circulação da frota, saltando de 50% para 75% de sua capacidade. Desde a semana passada, tanto o Setcamp como a Empesa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) vêm tomando medidas operacionais emergenciais para minimizar os impactos da falta de diesel nos ônibus, em virtude da greve nacional dos caminhoneiros que entrou no nono dia ontem. Inicialmente, a circulação da frota, nos horários de pico, foi reduzida em 40%. Desde quinta-feira passada, Campinas opera com a metade da frota nas ruas. Em Campinas, a frota do transporte público, incluindo a reserva, totaliza 1,2 mil ônibus. São 205 linhas que realizam quase 22 mil viagens por dia. O sistema tem uma média mensal de 14 milhões de passageiros. Desde sexta-feira, após a Prefeitura decretar situação de emergência, as empresas de transporte urbano conseguiram carregar as carretas com combustível. Elas estavam sendo escoltadas pelo 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e Guarda Municipal desde a Refinaria Replan. A operação do transporte do combustível para serviços essenciais seguiu até ontem, garantindo à população transporte público, segurança, coleta de lixo e ambulâncias.